[O texto abaixo é da autoria de Ligia Aguilhar e foi publicado hoje no blogue Link do jornal O Estado de S. Paulo.]
O fundador e diretor operacional da Linux International, Jon “Maddog” Hall, revelou ao Link
durante o Fórum Internacional do Software Livre (Fisl 14) em Porto
Alegre, no RS, que está trabalhando com a Fundação Raspberry Pi para
fabricar o minicomputador no Brasil.
Segundo ele, já há uma instituição interessada em fabricar o produto e
alguns testes serão realizados nos próximos meses para avaliar a
viabilidade de produção. Se tudo correr bem, Maddog espera que a versão
nacional do Raspberry Pi esteja disponível no mercado brasileiro perto
do Natal.
O objetivo de fabricar o produto no País é reduzir a carga de impostos
que hoje dobra o preço do minicomputador importado para o Brasil, quando
a intenção é que o hardware seja barato para estimular crianças a
aprender programação. No exterior o Raspberry Pi custa US$ 35, enquanto
no Brasil sai por cerca de R$ 170, mais o frete. “É um valor muito alto
para alguém pagar por algo que vai ser usado para experiências que podem
dar errado”, disse Maddog. “Se conseguir fabricá-lo aqui, esperamos
vender o Raspberry Pi pelo preço que ele é comercializado no exterior
hoje, de US$ 35 (cerca de R$80)".
Em janeiro, o cofundador do Raspberry PI, Pete Lomas, veio ao Brasil
participar da Campus Party e já havia declarado seu interesse pelo
mercado brasileiro. Já Maddog se envolveu com a Fundação Raspberry por
causa do Projeto Cauã, que quer incentivar o empreendedorismo vendendo
kits de hardware e software baratos e customizáveis para serem usados no
desenvolvimento de soluções tecnológicas. O projeto une o Raspberry Pi
ao software Linux.
* A repórter viajou a convite da organização do Fórum Internacional de Software Livre.
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