[O grupo EBX continua derretendo e com ele vai sumindo um montão de dinheiro nosso, que o governo incompetente e irresponsável de Dona Dilma resolveu concentrar nessas empresas via BNDES e Caixa Econômica Federal. Os bastidores das conexões entre Eike, o NPA (Nosso Pinóquio Acrobata, Lula) e Dilma estão contados em outra postagem. O rombo que essa degringolada do grupo EBX pode causar aos bancos estatais e aos nossos bolsos não é coisa pequena, como nos relata a informação abaixo divulgada ontem pela agência informativa Reuters. É esse mesmo governo que privilegia certos setores e certos empresários da nossa economia com critérios nunca transparentes e via de regra incompetentes, que faz nossos ouvidos de receptáculo indevido de hipocrisias e mentiras.]
Os bancos estatais Caixa Econômica Federal e
BNDES são os mais expostos à dívida do grupo EBX, disse o Bank of
America Merrill Lynch nesta segunda-feira, enquanto investidores avaliam
os riscos decorrentes de anos de grandes empréstimos contraídos pelo
conglomerado mineiro e energético do bilionário Eike Batista. Apesar de dados limitados sobre a exposição
a empréstimos do grupo, o risco está concentrado em alguns dos maiores
bancos do país, disseram em um relatório analistas liderados por
Alessandro Arlant. As ações das empresas do grupo EBX afundaram nesta
segunda-feira depois que a empresa de petróleo OGX declarou inviáveis
vários projetos.
Os analistas concluíram que a exposição
está concentrada em cinco bancos brasileiros, a começar pelo Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e a Caixa Econômica
Federal, seguidos dos bancos privados Bradesco SA, Itaú Unibanco e grupo
BTG Pactual SA, disseram Arlant e seu time de analistas.
Enquanto Arlant estima que os empréstimos
concedidos por esses cinco bancos ao grupo EBX chegam a 9,42 bilhões de
reais, o número pode estar subestimado por conta da falta de divulgação
dos dados e dificuldades em avaliar quanto dessa exposição tem garantia
colateral. Uma porta-voz do Bradesco não quis comentar
o relatório do BofA. Uma porta-voz do BNDES não comentou e alegou que
alguns contratos com clientes estão sujeitos ao sigilo bancário.
Assessores de imprensa do Itaú, Caixa e BTG Pactual não responderam
imediatamente aos pedidos de comentários.
Prejuízo colateral
Por anos, Eike Batista deu ações de suas
companhias como garantia colateral de empréstimos tomados para construir
plataformas de petróleo, desenvolver poços e explorar minério de ferro.
Nos últimos meses, contudo, o bilionário mudou de rumo e passou a
vender ativos e pagar dívidas para reduzir exigências de garantias
colaterais. No fim do ano passado, as seis companhias
de Eike negociadas em bolsa tinham uma dívida líquida total de cerca de
15 bilhões de reais, de acordo com dados da Thomson Reuters. [Ver postagem anterior sobre as dívidas do grupo EBX.]
De acordo com os analistas, o BNDES tinha
de longe a maior exposição à dívida do EBX no final de março --um total
de 4,9 bilhões de reais, representando 5,8 por cento do capital exigido
do banco. O BNDES é a principal fonte de recursos de longo prazo para as
empresas brasileiras.
A exposição da Caixa à dívida do grupo EBX
era de 1,4 bilhão de reais, ou 3,4 por cento do capital exigido do
banco, principalmente à empresa de construção naval do grupo OSX Brasil
SA, disse o relatório. O Bradesco emprestou 1,25 bilhão de reais e o
Itaú 1,24 bilhão de reais de acordo com dados relativos ao primeiro
trimestre, representando 1,3 por cento e 1,4 por cento do capital
exigido, respectivamente.
No caso do BTG Pactual, o banco de
investimento controlado pelo bilionário André Esteves, a exposição foi
estimada em 649 milhões de reais, principalmente à MPX Energia SA, disse
o relatório. "No entanto, dado o seu tamanho menor em
relação aos grandes bancos comerciais, a exposição do BTG era
equivalente a 4,3 por cento do total do capital exigido", escreveram
Arlant e sua equipe em relatório.
Cinco das seis empresas negociadas em bolsa
do grupo EBX perderam mais de 90 por cento de seu valor comparado às
máximas, e os bônus da OGX, que foi por anos a principal unidade do
grupo EBX, estão sendo negociados a cerca de 20 centavos por dólar.
Eike Batista, um dos mais bem sucedidos
empresários brasileiros durante a década de boom das commodities, viu
sua fortuna encolher de 30 bilhões para 10 bilhões de dólares este ano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário