A Assembleia Nacional da Venezuela aprovou, na noite desta terça-feira, 21, a liberação de uma verba extra de 513 milhões de bolívares (R$ 166 milhões) para a importação imediata de produtos de higiene pessoal, em falta no país. A Assembleia Nacional da Venezuela aprovou, na noite desta terça-feira, 21, a liberação de uma verba extra de 513 milhões de bolívares (R$ 166 milhões) para a importação imediata de produtos de higiene pessoal, em falta no país. O dinheiro será transferido para a empresa Suministros Venezuelanos Industriales, expropriada durante o governo do presidente Hugo Chávez (1954-2013), que se encarregará de fazer a compra junto a empresas da Argentina, Brasil, China e Uruguai. Os produtos selecionados serão comprados de acordo com uma lista divulgada pelo Executivo.
Na relação apresentada pelos deputados, estão 39 milhões de rolos de papel higiênico, 50 milhões de pacotes de absorventes femininos, 3 milhões de tubos de pasta de dente, 10 milhões de sabonetes e 17 milhões de pacotes de fraldas descartáveis infantis e geriátricas. Durante os debates, o deputado José Ávila, aliado de Maduro, defendeu a versão do governo de que a falta de produtos foi causada por uma conspiração entre fabricantes e a oposição. "Nós afirmamos ao povo e denunciamos sistematicamente toda a estratégia que existe de monopólio, de especulação e a campanha de terror que espalharam para que o povo compre de forma compulsiva e nervosa", disse o deputado. [Tipo de argumentação que só merece papel higiênico como embalagem.]
Na semana passada, o ministro da Indústria do país, Ricardo Menéndez, anunciou a importação de 50 milhões de rolos de papel higiênico.
O novo símbolo da Revolução Bolivariana produzida por Hugo Chávez e mantida por seu sucessor.
Desabastecimento
A escassez de produtos básicos é atribuída pelo presidente Nicolás
Maduro aos empresários que, segundo ele, estão aliados à oposição para
desabastecer o país e gerar insatisfação popular. Para os chavistas, a
situação poderia levar a um golpe militar para derrubar o governo.
Desde o terceiro mandato de Chávez, em 2006, o país congelou preços e
limitou a oferta de diversos produtos para tentar controlar a inflação,
que é de cerca de 30% ao ano. A variação de preços e fornecimento
manteve o índice em níveis elevados nos últimos anos.
[Detalhe adicional da situação crítica venezuelana: a falta de divisas e a centralização cambial na Venezuela empilharam de US$ 8 bilhões a US$ 9 bilhões de importações não pagas pelo país, das
quais US$ 1,5 bilhão a exportadoras brasileiras. O comércio entre
empresas dos dois países está praticamente parado e as transações com o
governo do presidente Nicolás Maduro só são feitas com pagamento
antecipado.]
Não sei porque a Dilma não entrou de cabeça nesse problema venezuelano, ela que entrou em campo antes do árbitro para cantar o hino da Venezuela junto com Maduro
ResponderExcluirAgenor
Vale o exemplo de como a bravata e o ufanismo acabam com qualquer país. Ainda serão necessários muitos anos para que o ex-presidente Chavez seja analisado racionalmente.
ResponderExcluirNo final das contas, o desabasteciemento da farinha de milho para a "arepa" deve provocar queda nas importações de papel higiênico, sem dúvida.
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