Com temas como
energia, economia educação, ciência e tecnologia, e conflito na Síria em
pauta, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, reúne-se nesta segunda-feira, em Washington, com o secretário de Estado americano, John Kerry. O ministro brasileiro também vai se encontrar com
o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Tom Donilon, e o
vice-assessor de Segurança Nacional para Assuntos Econômicos
Internacionais, Michael Froman – indicado pelo presidente Barack Obama
para o cargo de Representante Comercial dos EUA (USTR, na sigla em
inglês), mas ainda não aprovado pelo Senado.
Patriota e Kerry também vão conversar sobre os detalhes da viagem da
presidente Dilma Rousseff aos EUA, prevista para outubro. Dilma deverá
fazer uma visita de Estado, o que não ocorre desde 1995, quando Fernando
Henrique Cardoso visitou o país no governo Bill Clinton. Se confirmado o
status da visita, reservado para parceiros estratégicos, Dilma deverá
ser recebida num jantar de gala na Casa Branca, visitando também o
Congresso e o Judiciário.
O ministro brasileiro e o secretário de Estado americano deverão
discutir o panorama da economia global, tratando de temas relacionados
ao G-20, e também alguns mais específicos sobre a América do Sul, como
os rumos do Mercosul, num cenário marcado pela entrada da Venezuela no
bloco. Ao Brasil, interessa saber mais sobre as negociações comerciais
dos EUA com a União Europeia e sobre a Parceria Transpacífico (TPP, na
sigla em inglês), que envolve países da Ásia e da América banhados pelo
Oceano Pacífico. Uma área nas relações entre Brasil e EUA que pode
merecer ainda mais atenção é a de energia. Educação, ciência e
tecnologia, áreas em que a cooperação caminha bem, também estarão na
pauta, assim como questões de infraestrutura.
[Vamos aguardar o grau de transparência que será dado a essa conversa entre Patriota e Kerry. Nas áreas de ciência e tecnologia há um histórico de restrições, bloqueios e sabotagens diversos dos EUA contra o Brasil, especialmente nos setores nuclear e aeroespacial. No setor aeroespacial os EUA têm sido um sério entrave ao programa brasileiro, desde a década de 1990. Na área política, os EUA recorrentemente pressionam o Brasil com relação à presença de terroristas que alegam existir na chamada Tríplice Fronteira (Argentina, Brasil e Paraguai) -- ver outra postagem sobre este tema. Há ainda uma séria denúncia do senador Francisco Dornelles (PR-RJ) contra proposta de acordo Brasil - EUA sob análise na Comissão de Relações Exteriores do Senado que, simplesmente, contraria nossa Constituição e nosso Código Tributário Nacional e faz com que informações não exigidas pelo Fisco brasileiro possam ser fornecidas ao Fisco americano!]
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