[Não bastassem todos os problemas que nos afligem, na política (a deprimente aprovação da MP dos Portos), na segurança pública e na economia, entre outros setores, estamos sendo recentemente vítimas da adulteração criminosa do leite. Detetado originalmente no Rio Grande do Sul, o leite adulterado com água, ureia e formol pode chegar ao Rio. E o problema pode estar ocorrendo em outros Estados, com a proibição de consumo do Leite Glória no interior de São Paulo, conforme reportagem do dia 17 de maio do jornal Valor Econômico, reproduzida abaixo.]
O Ministério da Agricultura (MAPA) interditou 25,9 mil litros de
leite longa vida na Companhia de Alimentos Glória, em Guaratinguetá
(SP), suspeitos de adulteração com ureia e formol. O produto havia sido
enviado já beneficiado e a granel pela unidade de Tapejara (RS) da
Laticínios Bom Gosto, que faz parte da LBR Lácteos Brasil.
Conforme nota divulgada hoje pelo ministério, amostras do lote serão
enviadas para análises em laboratórios oficiais. A descoberta é um
desdobramento da chamada operação “Leite Compen$ado”, que na semana
passada desbaratou no Rio Grande do Sul um esquema de adulteração de
leite cru com água, ureia e formol organizado por transportadoras que
entregavam a matéria-prima às indústrias.
A operação no Rio Grande do Sul, que provocou a retirada do mercado de
lotes de leite UHT das marcas Líder (da LBR), Mu-Mu (Vonpar), Latvida
(VRS Indústrias de Laticínios) e Italac, também contaminados com formol,
já levou o Ministério Público Estadual (MPE) a oferecer denúncia
criminal à Justiça contra 14 pessoas. Ao mesmo tempo, o Ministério da
Agricultura requisitou amostras a todas as indústrias de leite longa
vida sob inspeção federal no país.
O ministério também informou hoje
[17/5] que foi descartada a suspeita da
existência de resíduos de antibiótico em amostras de leite cru
apreendidas na Laticínios Vale do Taquari, em Estrela (RS).
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