sábado, 1 de janeiro de 2011

Ecos do fim da era do Nosso Pinóquio Acrobata

Os dois últimos dias do governo do nosso Nosso Pinóquio Acrobata (NPA) transcorreram bem ao seu estilo, com grosserias gratuitas, atos demagógicos e novas intromissões no governo da sucessora. O NPA sofisticou na demagogia e na empulhação: inaugurou virtualmente três obras (de portes totalmente díspares) situadas a centenas de quilômetros de onde estava. Agrediu estúpida e gratuitamente outros países, manifestando alegria (?!) pelas crises que estão sofrendo a Europa, os EUA e o Japão, como se fôssemos uma ilha totalmente alheia e independente dessas crises -- sem falar na míope visão político-estratégica dessa atitude.

Incontido e irrefreável, o NPA continuou na banguela, ladeira abaixo, anunciando a permanência do presidente da Petrobras no cargo antes mesmo de Dilma se pronunciar a respeito. Tomou uma decisão maquiavélica de manter, contra a pressão sindical e a expectativa dos trabalhadores, o salário mínimo em R$ 540,00 como se estivesse defendendo os interesses do país, mas no fundo o que fez foi jogar intencionalmente um tremendo problema no colo de sua sucessora, um abacaxi que ela terá que descascar talvez já no primeiro semestre de seu governo. E, para completar, abriu uma tremenda e desnecessária crise com a Itália ao conceder refúgio político a Cesare Battisti -- não fosse esta figura um esquerdista, certamente não teria recebido esse presentaço do Nosso Pinóquio Acrobata. O ditado corrente diria que o NPA terminou seu governo repetindo o que fez inúmeras vezes ao longo de seus oito anos de mandato: agiu como um elefante numa loja de louças. Como na nossa fauna não há elefante, mas temos a anta como nosso maior animal selvagem, o Nosso Pinóquio Acrobata encerrou seu governo repetindo o que é e sempre foi, uma anta.

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