Na véspera de sua viagem aos EUA o presidente chinês Hu Jintao disse à imprensa que o sistema monetário internacional "é coisa do passado". A mensagem aí embutida é clara: o papel do dólar reflete o poder e a influência dos EUA no passado, não a sua estatura atual. O Sr. Hu está certo, a moeda americana está referenciada acima do reduzido peso atual da economia dos EUA no mundo. A parcela americana na produção global (20%), no comércio mundial (11%) e mesmo nos acervos financeiros globais (30%) está encolhendo, enquanto as economias emergentes florescem. Mas muitas destas economias, como por exemplo a Coréia do Sul, vendem suas exportações em dólares, e muitos países, incluindo a China, vinculam suas moedas ao "dinheiro verde", mesmo que de uma maneira pouco rígida -- e cerca de 60% do comércio cambial de reservas estrangeiras permanece em dólares.
O yuan chinês tem condições de se tornar um rival para o dólar? Se a ideia é que estrangeiros estoquem suas riquezas em yuan, eles necessitarão de instrumentos financeiros que sejam seguros, estáveis e de fácil liquidez. Mas a moeda chinesa está sob rígido controle do governo. Para permitir que o yuan flutue e assim atraia o resto do mundo para torná-la a moeda dominante, a China terá que abrir seu sistema financeiro para o mundo. Veja mais.
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