O lado triste dessa história é que se trata de uma descoberta de Stevens, que a burocracia não o deixou testar e implementar no Brasil, e que foi aproveitada por uma universidade americana sem lhe reconhecer a patente. Em 2007 o cientista carioca teve a ideia de criar um meio de cultura para células-tronco embrionárias; dois anos depois, chegou a um substrato "melhor que os vendidos no mercado". Precisava então testá-lo em outras linhagens de células, além da que trouxera de seu pós-doutorado nos EUA. Importou-as, mas não conseguiu liberá-las na alfândega, onde ficaram até estragar. Em 2009 decidiu enviar um aluno para os EUA, onde testaria o produto em outras linhagens -- como esperado, os resultados comprovaram a qualidade do invento. Assim que percebeu a oportunidade de negócio, a universidade americana iniciou contatos com possíveis parceiros para licenciar o produto -- em nove meses o produto estava no mercado. Quando soube que os americanos haviam se apoderado de sua descoberta, Stevens protestou, mas o máximo que conseguiu foi o compromisso de que receberá 40% no próximo contrato. Veja mais.
Inovação -- O técnico Ernesto Pazzatto trabalha no microscópio do laboratório que desenvolveu um meio de cultura para células, licenciado por americanos.
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