Um artigo da revista The Economist do final de dezembro/2010 sobre as consequências políticas e econômicas do envelhecimento da população americana pode perfeitamente servir de alerta e referência para o que se prevê acontecer no Brasil em futuro não muito remoto. Diz o artigo que os primeiros dos 78 milhões de americanos nascidos entre 1946 e 1964 chegarão aos 65 anos anos em 2011, a idade normal para aposentadoria. À medida que seu número venha a crescer nos próximos anos, aumentará o custo de financiar sua aposentadoria e o mesmo acontecerá com sua importância eleitoral.
Esses aposentados pressionarão a economia em duas facetas. O número de pessoas registradas no Medicare (atendimento de saúde custeado pelo governo federal, disponível a partir da idade de 65 anos) aumentará de 47 milhões em 2010 para 80 milhões no período de duas décadas. Os filiados à Seguridade Social (fundos de pensão custeados pelo governo federal, disponíveis na idade de 62 a 67 anos, dependendo da sua data de nascimento) passarão de 44 milhões para 73 milhões. O custo desses dois programas crescerá de 8,4% do PIB em 2010 para 11,2% em 2030. Por outro lado, os cidadãos com 65 anos e acima passarão de 17% da população votante em 2010 para 26% por volta de 2035. Andrea Campbell, do MIT - Massachussets Institute of Technology, acredita que a criação da Seguridade Social nos anos 30 e do Medicare nos anos 60 transformou os idosos no grupo etário politicamente mais engajado nos EUA. Os efeitos da reforma da saúde feita por Obama sobre essa população e esse quadro são ainda uma incógnita. Leia mais.
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