Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem-terra (MST) ocuparam o prédio Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), em Brasília, na manhã desta segunda-feira, 16, em protesto para cobrar investimentos em desapropriações de terras no País, segundo informações do MST. Cerca de 1,5 mil pessoas participam da ação, de acordo com cálculo da Polícia Militar. [Não dá p'ra entender, nem aceitar, que a Esplanada dos Ministérios não tenha um mínimo de segurança nem de serviço de inteligência que não saiba de antemão -- ou pelo menos não enxergue a olho nu -- que um grupo de pessoas sabidamente vândalas e comprometidas somente com a baderna, entupido de bandeiras, esteja se encaminhando para um Ministério para invadí-lo! Deixar que a invasão ocorra é prova inequívoca de que o governo é complacente, conivente e cúmplice do MST, e quer tumultuar o ambiente no centro do poder para, por exemplo, desviar a atenção pública do mal cheiroso caso da rede de corrupção de Carlinhos Cachoeira, cujos tentáculos se aproximam perigosamente do Palácio do Planalto.]
O protesto faz parte da Jornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária, promovido dentro do chamado "abril vermelho". Entre as reivindicações do grupo estão a elaboração de um plano emergencial para o assentamento de mais de 186 mil famílias acampadas e a criação de um programa de desenvolvimento dos assentamentos, com investimentos públicos em habitação rural, educação e saúde, além de crédito agrícola, informa o MST. A ocupação no prédio teve início às 5h40 e o grupo cobra uma audiência com a presidente Dilma Rousseff. Eles criticam a condução do governo na área rural.
No fim de semana, o MST indicou que intensificaria as ações do "abril vermelho" ao promover invasões em propriedades rurais nos Estados de São Paulo, Pernambuco e Mato Grosso do Sul. Estão previstas mais vinte ocupações de terras em Pernambuco até o final do "abril vermelho", realizado todos os anos em memória dos 19 sem-terra que foram mortos no interior do Pará no dia 17 de abril de 1996, no episódio que ficou conhecido como massacre de Eldorado de Carajás [ou seja, o MST está tão tranquilo quanto à disposição do governo Dilma de não contrariá-lo que se dá ao luxo de avisar com antecedência o que vai fazer, e a região de suas invasões -- p'ra quem já foi guerrilheira, seria barbada anular isso caso houvesse vontade; outro fato que intriga é que o MST aparenta ter dinheiro de sobra para fazer essa movimentação toda -- por que ninguém se preocupa em investigar isso?...] . Em 2002, o então presidente Fernando Henrique Cardoso reconheceu aquela data como o Dia Internacional de Luta pela Terra.
O NPA usando, sorridente, o boné do MST - (Foto: Google).
MST invadiu o prédio do Ministério do Desenvolvimento Agrário às 5h40 de hoje para "reivindicar" investimentos investimentos para reforma agrária - (Foto: André Dusek/AE).
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