terça-feira, 3 de abril de 2012

Contrabando de tablets dispara em 2011

O texto abaixo é da autoria de Camilo Rocha e foi publicado hoje no blogue Homem-Objeto do jornal O Estado de S. Paulo.

A popularização crescente dos tablets é também caso de polícia.  A Abradisti – Associação Brasileira de Distribuidores de TI (Tecnologia da Informação) – informa que o contrabando desse tipo de produto aumentou 440% em 2011.

No ano anterior, os tablets correspondiam a apenas 5% dos produtos eletrônicos que entravam ilegalmente no país. Agora, já são 27%.  Refletindo a tendência geral do mercado, os notebooks estão perdendo terreno também entre os contrabandistas. Tiveram uma queda de 23% para 5%.

A mesma pesquisa, porém, confirma que certas coisas continuam as mesmas: 90% dos produtos ilegais entram no Brasil pelo Paraguai. [É impressionante essa vocação do Paraguai para a bandalha, assim como é também impressionante a absoluta passividade do Brasil com relação à enxurrada de produtos contrabandeados que entram no país, procedentes do Paraguai. Essa relação doentia nossa com os paraguaios se enquadra na velha e famigerada política de dobradiça na coluna vertebral, que o Itamaraty adota praticamente com todos os nossos vizinhos. Isso é ridículo e deprimente.]

3 comentários:

  1. Amigo VASCO:

    Acho que o probelma não é o contrabando via PARAGUAI e que tais.
    Hoje se pode comprar um tablet "made in CHINA", ou "made in HONG KONG",
    que lhe é entregue aqui no Brasil, aparentemente pagando "tudo" a que se tem direito.
    Compra-se com cartão de crédito, pagando inclusive parceladamente, e o produto é entregue na residência.
    O produto passa, sem NENHUMA DIFICULDADE, pelos CORREIOS, acompanhados de notas fiscais, etc.
    Não posso considerar tal modalidade de compra como CONTRABANDO.
    Passei por uma situação dessas no início do ano: meu neto- JOÃO PEDRO, precisava de um TABLET para acompanhar as aulas onde ele estuda. Era um TABLET de 10" (dez polegadas). um similar nacional (?) estava custando cerca de R$ 1699,00 (mil, seiscentos e noventa e nove reais). Em um dos sites, desses que vendem produtos chineses, encontrei um c om as mesma características por R$ 399,00 (trezentos e noventa e nove reais). Não tive dúvidas: encomendei. Demora um pouco (cerca de 30/40 dias para chegar, mas chega, e corresponde às características anuncidas.
    Paguei com cartão de crédito, em um site que considero absolutamente seguro.
    Onde foi que eu errei? Deixar de pagar os impostos absurdos cobrados aqui no Brasil?
    Por quê tal compra não foi tributada, ao que parece, pela Receita?
    Não cabe a mim buscar respostas para tais dúvidas.
    Não me sinto um burlador das leis, ao adquirir tal produto importado à preços vantajosos.
    Temos muito a discutir sobre o assunto, mas fica para depois.

    Abraços - LEVY

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  2. Caro Levy,

    Acho que a situação que você menciona é completamente distinta da citada na postagem. Embora, inegavelmente, a China seja hoje a grande supridora do contrabando que nos chega via Paraguai, este nosso vizinho já era doutor nessa matéria muito antes da China ser o que é hoje. Embora muita gente ache simples resolver problemas com o Paraguai, a coisa é bem o oposto. Por conta da subserviência do Itamaraty, de Itaipu, e de otras cositas más, o Brasil virou refém do Paraguai, que nos faz de gato e sapato.

    Seu exemplo é outro, bem distinto -- e também muito estranho. Se na importação de um simples CD a taxação alfandegária é absurda, não dá p'ra entender porque esse tablet chinês não recebe o mesmo tratamento. Fora isso, torço para que ele não dê problema ao seu neto e a você -- conheço gente que comprou em loja no Brasil, bonitinho, um smartphone chinês "idêntico" ao da Apple e, pouco tempo depois, teve que descartá-lo.

    Abs,

    Vasco

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  3. Amigo VASCO:
    Aparentemente, tais aparelhos não entram pelo Paraguai. Vêm direto de HONG KONG, e têm as mesmas especificações dos vendidos aqui. E funcionam, pelo menos, até agora.
    Tem algo mais que ainda deve ser descoberto para esclarecer a questão, e não passa pelo Paraguai.
    Andei pesquisando a questão dos livros didáticos, usados em nossas escolas particulares,
    e soube que (ainda não tive comprovação da prática) que tais livros são impressos na China, e vendidos aqui como se aqui fossem editados e produzidos.
    Pensando nisso, não me surpreende a possibilidade de se encaminhar um CD com o texto do livro para impressão na China, onde possivelmente o custo será inferior a US$ 1,00,
    ser recebido aqui em um "container", com isenção de impostos, e serem vendidos, em média, a R$ 80,00 reais.
    E o que é pior: o Governo é o maior comprador de livros desse país!!!
    Quanto paga por eles? E o "POR FORA"?
    Isso não entra pelo Paraguai.

    Abraços - LEVY

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