A disputa por licenças no leilão de 4G programado para junho deve ser acirrada e contar com lances bilionários, disse nesta segunda-feira, 2, o
ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Segundo ele, a maioria das pendências com as operadoras em relação ao
certame já foi superada e a perspectiva é de grande procura pelas
licenças. “Não tenho dúvida que elas (operadoras) vão entrar e participar do
leilão. Vai ser um leilão bilionário e com muitos recursos envolvidos”,
disse Bernardo a jornalistas. “Algumas, pelas conversas que temos,
disseram que vão entrar até muito agressivamente". [É bom lembrar que esse leilão de 4G já esteve previsto para dezembro de 2011 ...]
O edital de licitação será publicado pela Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel) até 20 de abril e o leilão ocorrerá em junho,
em dia a ser confirmado.
O ministro garantiu que a insegurança de algumas operadoras que queriam o
adiamento do leilão já foi superada. Algumas demandas ainda estão em
análise no governo, que admite flexibilizar sua posição em alguns pontos
para garantir o sucesso da licitação. “Querem atualizar e mudar detalhes relativos a prazos que estão no
edital e consideramos pertinente. Tudo que a gente puder acertar é bom”,
disse Bernardo. “Uma dessas questões são os prazos para a cobertura do serviço 4G. Tem
havido demanda das empresas para flexibilizar os prazos para ter um
calendário menos agressivo para eles. Estamos conversando e analisando”,
acrescentou.
Bernardo frisou que a Copa das Confederações, que será realizada no
Brasil em 2013 numa preparação para o Mundial de 2014, prevê o início do
serviço 4G em algumas capitais, entre elas as que sediarão jogos do
evento. A discussão com as empresas incide sobre o calendário de
implantação em outros municípios. O ministro reconheceu que o serviço 3G ainda deixa muito a desejar no
país e que as empresas precisam correr “atrás do prejuízo”. Ele acredita
que as empresas não se prepararam adequadamente para a expansão do
mercado brasileiro de comunicação móvel.
Desonerações. O ministro das Comunicações afirmou ainda
que o pacote a ser anunciado pelo governo na terça-feira com medidas de
estímulo à economia incluirá desonerações para o setor de
telecomunicações.
Desde a metade do ano passado o governo vem anunciando planos de reduzir
impostos para construções de novas redes de comunicações. Em setembro de 2011, Bernardo disse que as desonerações à indústria de
telecomunicações seria da ordem de 6 bilhões de reais em cinco anos.
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