O primeiro-ministro do Japão, Yoshihiko Noda, e três outros ministros
chegaram a um acordo nesta quinta-feira, 5, sobre um esboço estabelecendo parâmetros de segurança para os reatores nucleares do país antes que o governo autorize sua reativação.
"Explicamos ao primeiro-ministro os novos padrões de segurança", disse o
ministro do Comércio e Indústria, Yukio Edano, após a segunda de duas
reuniões realizadas esta semana para tratar do assunto. Edano destacou, no entanto, que é improvável que o governo decida pela
reativação imediata de reatores em nova reunião prevista para
sexta-feira, 6.
O esboço, que será formalmente anunciado após a reunião desta
sexta-feira, determina que os reatores devem passar por testes iniciais
de estresse e que sejam capazes de suportar terremotos e tsunamis da
intensidade daqueles que atingiram o Japão em março do ano passado.
Também exige que os operadores "demonstrem com clareza" sua intenção de
assegurar as condições de segurança e adotar quaisquer outras medidas de
segurança futuras.
As reuniões ocorrem em meio a graves divergências sobre a reativação ou
não dos reatores. Quase todos eles foram desativados após o desastre
nuclear na usina de Fukushima Daiichi. Muitos líderes empresariais têm se mostrado preocupados com o impacto de
possíveis quedas de energia durante o período de verão. Antes do
acidente de Fukushima, a energia nuclear supria 30% das necessidades do
Japão.
Atualmente, apenas um dos 54 reatores japoneses está em operação, o
número 3 da usina de Tomari, que deverá ser desligado em 5 de maio. As
informações são da Dow Jones.
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