sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

O que era desconfiança virou fato: governo federal financia badernas do MST

No dia 12 de fevereiro corrente 15.000 manifestantes do MST fizeram um congresso em Brasília em comemoração aos 30 anos do movimento, com tentativa de invasão do STF e de hostilidades à embaixada americana. No dia seguinte, 13/2, fiz a postagem "TV estatal celebra 30° do MST e faz apologia do movimento".  Nela, comentava, entre outras coisas, a caixa preta do financiamento às atividades do MST, tomando como referência os gastos para levar, acampar, alimentar e dar um mínimo de atendimento sanitário àquelas 15.000 pessoas. Na realidade, a caixa não era tão preta já que a própria postagem revelava um substancial auxílio do governo federal ao MST em passado recente.

Hoje a tal caixa preta embranqueceu bastante, ficou quase transparente -- não fosse a ojeriza dos petistas e de Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saias) à palavra "transparência". Ontem, segundo o jornal Estadão, o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, defendeu o financiamento do governo ao Congresso do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), realizado há 10 dias em Brasília. Gilberto classificou de "ideológicas e políticas" a revelação de que Caixa Econômica Federal, BNDES e Petrobras haviam patrocinado uma feira agroecológica realizada durante o congresso e comparou o financiamento ao que é dado a feiras agropecuárias em diversas cidades do País.

Ainda segundo o Estadão, Gilberto defendeu o MST, afirmando que o governo considera o movimento legítimo e não o vê como um mal e defendeu as ações. "Eu quero dizer de maneira clara que não se pode confundir o MST com baderneiros. O MST não é um movimento de baderneiros, é um movimento legítimo e responsável por uma realização importante no País no processo de reforma agrária e, mais do que isso, hoje responsável pela produção de alimentos orgânicos, em cooperativa em todo o País".

Aí, digo eu e não o Estadão, a tal democracia nos obriga a ouvir um energúmeno sem estofo chamado Gilberto Carvalho, cujos únicos méritos são ter carteirinha do PT e ser um fidelíssimo capacho e vaca de presépio do NPA (Nosso Pinóquio Acrobata, Lula), dizer que é legítimo e democrático um movimento que tenta invadir a sede da Suprema Corte do país. E esse paspalho confirma com todas as letras que essa manifestação em Brasília foi financiada pelo governo federal. Fica pois o país ciente de que o Poder Executivo financiou uma tentativa de invasão da sede do Poder Judiciário e um ato violento de hostilidade à embaixada de um país amigo. Esse é o conceito de democracia de sarjeta dos petistas e do governo Dilma NPS, com a agravante do uso de dinheiro do contribuinte. 

Na mesma reportagem citada acimaEstadão revelou que a Petrobras patrocinou a Mostra Nacional de Cultura Camponesa, realizada dentro do tal 6º Congresso Nacional do MST, com R$ 650 mil e a Caixa Econômica Federal e o BNDES colaboraram com um total de R$ 550 mil para o evento, por meio de patrocínios para a Associação Brasil Popular (Abrapo). O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) aplicou R$ 448,1 mil para montar a estrutura da feira agroecológica. Só nessa tacada foram R$ 1.648.100,00 de dinheiro estatal para financiar um movimento social cujas manifestações são invariavelmente caracterizadas por invasões e vandalismo de instalações privadas e/ou públicas.  

Segundo o jornalista Carlos Alberto Sardenberg no Globo de hoje, perguntada sobre os R$ 650 mil para o MST a Petrobras disse que o dinheiro se destinava a uma mostra de cultura camponesa, parte do congresso, e que o patrocínio se alinha com o programa da estatal na direção de uma “produção inclusiva e sustentável”. Como disse o jornalista, essa justificativa de petróleo "inclusivo e sustentável" envolvendo o MST é fantástica. Eu diria que quem disse e/ou escreveu isso já deixou as quatro patas indelevelmente marcadas na calçada da fama asinina.

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Em qualquer país decente os fatos acima seriam suficientes para pelo menos demitir e prender um bocado de gente, quando não para ensejar um pedido de impeachment de Dilma NPS. A doação do BNDES, então, é caso de polícia mesmo -- é outro exemplo de uso indecente de uso do banco para fins politiqueiros (ver postagem anterior sobre o BNDES). O problema é que temos uma oposição incompetente e covarde, um TCU omisso e um Ministério Público Federal ausente de suas atribuições.


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