A tomada brasileira, inventada por gênios opacos da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas e imposta obrigatoriamente ao país a partir de 01/7/2011, é uma dessas engenhocas que demonstra a imbecilidade de quem a criou e a passividade ignorante de quem a aceitou. Antes de qualquer consideração, é bom dar uma olhada com calma nas fotos abaixo -- todas do Google -- porque cada uma delas vale mais de mil palavras (clique em cada imagem se quiser ampliá-la).
"A nova tomada elétrica brasileira, que é incompatível com as que são usadas em outros países e com boa parte dos aparelhos em uso no país, torna-se obrigatória a partir de hoje, 1º de julho. A empresa que for pega vendendo aparelhos elétricos com tomadas diferentes do padrão oficial pode ser multada em até R$ 1,5 milhão.
O novo padrão foi desenvolvido por um grupo coordenado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e integrado por fabricantes de aparelhos elétricos e de plugues e tomadas. Estes últimos são os principais interessados na troca, já que ela deve gerar um grande volume de vendas de adaptadores e de tomadas [eis, pois, a grande motivação por trás dessa aberração!].
Para o consumidor, a vantagem da nova tomada é que ela reduz as chances de choques elétricos ao conectar um aparelho. A posição rebaixada dos orifícios torna impossível, à pessoa, tocar nos pinos quando eles estiverem energizados. Mas o novo desenho não acaba com o problema de existirem duas tensões residenciais em uso no Brasil – 110 e 220 volts – com o mesmo modelo de tomada.
Na contramão
O novo padrão foi inspirado numa norma da International Electrotechnical Commision (IEC 60906-1), mas não é totalmente compatível com ela. A IEC especifica a tomada com dois ou três pinos redondos e formato sextavado similar ao adotado no Brasil, mas apenas para redes de 220 ou 230 volts. Para 110 ou 120 volts, a indicação da IEC é o uso de pinos chatos, como os empregados nos Estados Unidos e no Japão. Na contramão da norma internacional, a comissão da ABNT adotou desenhos idênticos para as duas tensões. Assim, continua existindo o risco de alguém queimar um aparelho de 110 volts ao ligá-lo, acidentalmente, a uma tomada de 220 volts [beleza! -- pergunta quem vai pagar o prejuízo ...].
Há outros aspectos em que o desenho brasileiro difere do recomendado pela IEC. O padrão internacional indica pinos de 4,5 mm de diâmetro e corrente máxima de 16 amperes. Já o brasileiro especifica dois diâmetros de pinos: 4 mm para aparelhos com corrente de até 10 amperes e 4,8 mm para aqueles que consomem entre 10 e 20 amperes.
Adoção forçada
(...) De maneira geral, os equipamentos à venda no Brasil já usam a nova tomada. No caso daqueles que possuem três pinos, é necessário usar um adaptador para ligá-los às tomadas existentes na maioria das casas. O contrário também acontece. Muitos aparelhos anteriores à norma ainda em uso exigem adaptadores para ligação às novas tomadas. Além disso, se alguém viajar para o exterior e trouxer algum gadget na bagagem, também terá de providenciar, é claro, um adaptador.
A situação do consumidor fica mais complicada se ele comprar um aparelho com os pinos de 4,8 milímetros. As tomadas com esse diâmetro ainda são raras em residências e empresas. E não é fácil encontrar um adaptador para eles. Será preciso substituir a tomada. Resumindo, graças à nova norma, a indústria de adaptadores e tomadas deve ter muitos anos de prosperidade pela frente".
[Mesmo que nos nossos espelhos não apareça, estamos todos dotados de enormes orelhas de asno desde 01/7/2011 -- para os visitantes estrangeiros que nos visitam e visitarem essas orelhas estão e estarão nitidamente à mostra e se sobressairão a partir do momento em que tentarem ligar qualquer aparelhozinho elétrico seu, por menor que seja, a uma tomada nesta pátria tupiniquim.]
Tudo jogo de cartas marcadas, acorda rápido Brasil do contrário ficarás dormindo para sempre em berço explêndido......
ResponderExcluirMaldita para toda eternidade seja a hora em que imbecis aprovam essa tomada brasileira, para desgraça total do povo dessa pobre nação...
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