sábado, 1 de fevereiro de 2014

Cartões corporativos: a farra com eles nos governos petistas

A corrupção nos governos petistas além de atávica é estimulada pela petralhada. Quando alguém bobeia e é apanhado pela Justiça, a solidariedade mafiosa da galera petista aflora a jato e a comunidade petralha rapidinho se organiza em mutirões na internet para arrecadar dinheiro para seus marginais -- veja-se o caso dos mensaleiros

A corrupção nos governos petistas é gasosa, ocupa todo o espaço que se lhe der. É também democrática, vai dos ministérios de Brasília ao baixo clero, engrossada nesse arrastão lamacento pelos políticos que compõem a chamada "base" política dos seus governos. E é também extremamente diversificada, incluindo praticamente todas as formas de atuação marginal possíveis -- e nessa diversidade não poderia faltar a pilantragem com os cartões corporativos, distribuídos pelo governo a seus acólitos privilegiados. E dessa pilantragem Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saias) é profunda conhecedora, porque era chefe da Casa Civil quando estourou o escândalo do cartões corporativos do governo do NPA (Nosso Pinóquio Acrobata, Lula) de 2007, denunciado pelo jornal Estado de S. Paulo em 13/01/2008.  O jornal apurou que os gastos com cartão corporativo do governo do NPA em 2007 haviam dobrado em relação a 2006, e que sua ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, era a líder do ranking dos ministros que mais haviam gasto com esse cartão nos últimos dois anos. Vejam a evolução dos gastos com cartão corporativo no primeiro governo do NPA (recomendo a leitura do texto didático da Veja sobre esse tipo de cartão no governo para ficar sabendo, por exemplo, que no início de 2008, segundo levantamento do Palácio do Planalto a pedido da Veja, havia nada menos que 11.510 cartões corporativos nos bolsos de autoridades, número mais de três vezes superior ao montante de cartões registrado em 2004, que era de 3.167 unidades -- quantos serão eles hoje no governo de Dilma NPS?...):


Gastos com cartão corporativo no primeiro governo do NPA (clique na imagem para ampliá-la) - (Gráfico: Veja).

Com a recente "parada técnica" (leia-se "farra à lisboeta") de Dilma NPS e sua trupe de 40 pessoas (ou mais?) em Lisboa, na viagem de Davos a Cuba, o tema dos cartões corporativos voltou aos palcos -- acompanhado dos desmentidos e blá-blá-blás de sempre do Planalto. Muita saliva e poucas provas por parte do governo. Para provar, pela milionésima vez, que as mentiras do governo Dilma NPS duram frações de segundos, o blogue de Marcelo de Moraes no Estadão de 29/01/2014 informa que "Em 2013, gastos secretos com cartão corporativo da Secretaria de Administração da Presidência batem recorde na gestão Dilma".  Vejamos a íntegra da notícia.

Criticado por não ter divulgado a escala que a presidente Dilma Rousseff faria em Portugal, o governo também tem aumentado o segredo sobre as despesas feitas pela Secretaria de Administração da Presidência com seus cartões corporativos. Os gastos sigilosos com essa conta – que englobam as despesas da presidente - foram os maiores desde que Dilma assumiu o governo.

Segundo o Portal da Transparência, em 2013, os pagamentos feitos com o cartão pela Secretaria de Administração da Presidência somaram R$ 5,64 milhões, sendo que cerca de R$ 5,60 milhões não tiveram seu conteúdo revelado. O sigilo dos gastos é determinado por uma legislação específica que permite que o pagamento não seja publico para garantia da segurança da sociedade e do Estado. No ano anterior, os gastos secretos com o cartão da Secretaria tinham somado R$ 4,09 milhões. Em 2011, foram outros R$ 5,1 milhões. Assim, os pagamentos que não tiveram seu conteúdo divulgado já somam cerca de R$ 14,7 milhões na gestão de Dilma.

Como consolo, mesmo sendo recorde na sua gestão, a despesa é inferior ao que foi gasto pela Secretaria, em 2010, no último ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Na ocasião, os pagamentos sigilosos feitos com o cartão da Secretaria de Administração da Presidência somaram R$ 6,18 milhões.

Questões de segurança de Estado servem como argumento para justificar a não divulgação dessas despesas. No caso, seriam usados para gastos que envolvem áreas delicadas do governo, como as de investigação e estratégia (Polícia Federal e Abin, por exemplo) e proteção pessoal dos principais dirigentes. Nesse último caso, a presidente e o vice-presidente Michel Temer. Verdade seja dita, o critério valeu sempre para todos os presidentes desde a criação do cartão (Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma).

De fato, algumas informações precisam realmente ser mantidas em segredo para resguardar os dirigentes da Nação. Difícil é saber qual o critério que regulamenta quais despesas são estratégicas e quais poderiam ter publicidade sem gerar qualquer risco ao governante.

Os cartões já foram alvo de escândalo durante o governo Lula, quando ministros foram flagrados usando o instrumento público para pagar despesas pessoais como compras em free shop e tapioca.


Sem comentários. Mas, não custa nada ler a coluna de 30/1 ("Excessos sigilosos") da Dora Kramer. Como sei que vai haver muito petralha me patrulhando, porque o cartão corporativo no governo foi criado pela administração FHC, recomendo a esses frequentadores de pocilgas que leiam a notícia de que em 25/3/2008 Fernando Henrique autorizou a quebra de sigilos dos cartões corporativos de sua gestão e de sua mulher, dona Ruth Cardoso.

Quem quiser ficar PhD nesse escândalo dos cartões corporativos do governo do NPA basta ler "Escândalo dos cartões corporativos", Parte 1 e Parte 2, além do artigo da Veja citado acima.




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