A petralhada em geral e o PT em particular podem finalmente relaxar, porque sua busca por um paradigma e uma referência para a camarilha injustiçada dos mensaleiros chegou ao fim -- Henrique Pizzolato é o homem. Com a vantagem de personificar também o padrão ético da gentalha que o PT leva para ocupar altos cargos do governo e lidar com o dinheiro público.
Pizzolato é membro da elite do PT. Foi presidente do Sindicato dos Bancários de Toledo, no Paraná (seu estado natal) e da CUT do Paraná. Foi diretor da Previ, a Fundação de previdência do Banco do Brasil que movimenta bilhões de reais, eleito por seus colegas do banco estatal em 1998, de onde saiu em 2002 para participar da campanha eleitoral do NPA (Nosso Pinóquio Acrobata, Lula), administrando os recursos da campanha juntamente com o tesoureiro Delúbio Soares (duplazinha da pesada esta!...). Uma vez eleito, o NPA o nomeou diretor de marketing do Banco do Brasil, confirmando sua preferência por se cercar de pilantras e marginais na sua administração.
Condenado no ano passado pelo STF a 12 anos e 7 meses de prisão em regime fechado, Pizzolato fugiu clandestinamente do Brasil para a Europa via Argentina no final do ano passado. Com essa fuga, veio à tona o marginal requintado que o PT paparicava e colocou em alto posto na diretoria do principal banco estatal do país. Pizzolato simplesmente tinha dupla identidade, e fugiu portando passaporte falso em nome de seu irmão falecido em 1978. Pizzolato começou em 2006 seu planejamento meticuloso para "ressuscitar" seu irmão Celso, morto 28 anos antes em um desastre de automóvel sem registro de atestado de óbito. O primeiro passo foi conseguir uma nova carteira de identidade em nome do irmão morto, o que ocorreu em novembro de 2007 na cidade de Lages, em Santa Catarina.
A partir da emissão do RG, Pizzolato conseguiu emitir, no Rio de Janeiro, o título de eleitor, e um CPF em nome do irmão morto. Segundo o Jornal Nacional revelou na quinta-feira, o título foi usado na eleição de 2008. Ou seja, o morto votou nos dois turnos da disputa municipal. Pizzolato também emitiu um passaporte em nome do irmão, usando sua foto. Ele viajou em 2010 com esse documento falso, o que a polícia considera ter sido um teste. Agora, ele foi preso na Itália no dia 5 deste mês.
Com o cinismo e a pseudologia típicos dos marginais irrecuperáveis Pizzolato, segundo o jornal “Estado de S.Paulo”, contou aos juízes italianos que teve os documentos furtados na Espanha pouco antes de embarcar para aquele país e que usou os do irmão por temer ser identificado e enviado de volta para o Brasil.
Com o requinte e a eficiência de um mafioso escolado, Pizzolato começou há 8 anos seu planejamento para escapar da Justiça do país -- petistas ouvidos pela reportagem do Correio Braziliense (CB) descreveram Pizzolato como uma pessoa meticulosa, disciplinada e excelente estrategista. Ou seja, há 8 ele anos percebeu que poderia ser apanhado pela Justiça por suas pilantragens e safanagens e resolveu se precaver, nos mínimos detalhes. O passo inicial foi se desfazer de quase todos os 11 imóveis que possuía em 2005. Uma busca feita pela reportagem do CB nas últimas três semanas em cartórios do Rio de Janeiro e de cidades no Sul do país revelam a movimentação imobiliária de Pizzolato desde o início de 2006. Como ele conseguiu montar esse patrimônio com os salários que recebia é algo que precisa ser investigado, a fundo.
Autoridades brasileiras e da Suíça investigam uma conta secreta operada por Henrique Pizzolato. Suspeita-se que a conta aberta num banco suíço teria saldo de quase 2 milhões de euros. Ela foi movimentada após a fuga de Pizzolato, há cerca de dois meses, segundo investigadores brasileiros e suíços. O saldo, contudo, não está zerado.
Henrique "Celso" Pizzolato é mais um membro exemplar da corja que o PT infiltrou na administração pública nessa década de poder. Além de marginal competente, ele contou com a ajuda inestimável da esculhambação existente na polícia, na polícia federal e na justiça eleitoral, que lhe permitiu assumir integralmente a identidade de alguém falecido em 1978. Com seus feitos, Pizzolato se valorizou tremendamente na marginália internacional -- consta que seu passe está sendo disputado a tapa pelas máfias italianas. E, evidentemente, pelas máfias petistas tupiniquins que idolatram gente com currículo como o dele e com sua expertise. Essa gentalha certamente já deve estar preparada para iniciar uma campanha de coleta de donativos para ajudar mais esse "injustiçado" da gangue dos mensaleiros, mirando no êxito das campanhas semelhantes de José Genoíno e Delúbio Soares [ver Corruptômetro (III)]. Já soube que na curriola pró-corrupção do PT, imensamente majoritária entre os petistas, já há gente angustiada com a demora no início dessa vaquinha.
Ouçam "O que o Banco do Brasil está fazendo no caso do Pizzolato?".
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