domingo, 2 de março de 2014

O gráfico que os alarmistas da dívida não querem que você veja -- a falsa crise da dívida

[O texto traduzido abaixo foi publicado em 27/2 no blogue Moneybox, do site Slate (do The Washington Post). Seu autor é Matthew Yglesias.]


A falsa crise da dívida  [Public Assets = Ativos Públicos -- Public Debt = Dívida Pública -- coordenadas: Percentual da Renda Nacional x Anos] - Gráfico: Moneybox.


Quão bom é o livro de Thomas Piketty que está por ser publicado, Capital in the Twenty-First Century (Capital no Século Vinte e Um)? É tão bom que apresenta toneladas de pontos incidentais que são incríveis e que por si só valem por todo um livro, mas que quase nada têm a ver com o ponto focal ou tese central de Pikkety.  Por exemplo, no gráfico acima -- que tornei mais legível que o original em branco e preto de Piketty -- o autor mostra que em termos líquidos os EUA não têm nenhuma dívida pública e talvez nunca tenham tido.  

A maneira convencional com que os alarmistas da dívida medem a dívida nacional é comparar o bruto da dívida pública com o PIB. Mas, o modo normal de você medir a carga da dívida de um negócio ou de uma família é buscar por um valor líquido. Apenas pelo fato de você ter centenas de milhares de dólares em dívida hipotecária não significa que você é um pobretão. Na realidade, isso provavelmente significa que você é uma pessoa rica, que tem uma casa cara. É claro que é possível assumir uma hipoteca grande e acabar "afogado", porque os preços das casas decaíram, mas simplisticamente o fato de ter uma dívida bruta elevada não significa uma sobre-exposição (overextension). É, tipicamente, um sinal de prosperidade e de mérito para obter crédito.

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