Há portanto 11 longos e insuportáveis anos o setor energético brasileiro vive sob o peso da incompetência hiperbólica e imodesta, da burrice autocrática e do autoritarismo grosseiro de Dilma NPS. E, sob o peso dessa inépcia, o inferno astral da Petrobras é interminável, incluindo até administradora de investimentos americana falando em risco de falência da empresa, como se pode ver pela notícia abaixo publicada ontem na Folha de S. Paulo. O simples aparecimento de uma iniciativa como essa mostra como a esculhambação petista afetou a aura de respeitabilidade da empresa.]
Em meio a uma das piores crises da sua história, a Petrobras se apressou a responder hoje (12) um relatório de uma administradora de investimentos americana baseada em São Francisco, a Macroaxis, que aponta ser de 32,4% a chance da petroleira brasileira decretar falência nos próximos dois anos.
Esta seria a chance mais alta entre as petroleiras no mundo, com a líder ExxonMobil tendo probabilidade de apenas 0,86% e a Petrochina, de 12,27%.
A avaliação da Macroaxis, empresa pouca conhecida no país, diz que o resultado foi baseado nas últimas informações financeiras da companhia, relativas ao terceiro trimestre.
De julho a setembro, a Petrobras viu aumentar seu endividamento em relação à geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, amortizações e impostos), que ultrapassou o limite de 2,5 vezes imposto pela própria companhia. Essa relação pulou para 3,05 vezes no terceiro trimestre e analistas estimam que no quarto trimestre possa atingir 3,5 vezes.
A queda de geração de caixa é explicada pela redução de produção da empresa, aliada à valorização do dólar e à necessidade de importações a preços maiores do que os praticados no mercado interno.
A Petrobras afirmou hoje no seu blog Fatos e Dados, "que possui excelentes indicadores operacionais, crescentes reservas de petróleo e gás e projetos de investimento em implantação que sustentam o elevado e contínuo crescimento da produção de petróleo até 2020".
A empresa explica que esses fundamentos "combinados com o perfil de dívida da companhia, são fatores que conferem à Petrobras a classificação de 'grau de investimento' pelas três principais agências de risco: Moody's, Standard & Poor's e Fitch".
Recentemente, a Standard & Poor's informou que não estava reavaliando a nota da companhia, depois que a Moody's reduziu a nota da dívida da empresa em um degrau, mas manteve o grau de investimento.
O grau de investimento dado por agências de classificação diferencia as empresas com risco de investimento.
A Petrobras prevê que em 2020 estará produzindo 4,2 milhões de barris de petróleo por dia, contra 1,9 milhão atualmente, e para 2014 estima que haverá aumento de produção, após a entrada de nove plataformas em operação este ano.
A perspectiva da área financeira é de que em 2014 a necessidade de captação de recursos no mercado (dívida) será menor do que o realizado em 2013 (US$ 20 bilhões), devido ao aumento da receita proveniente de uma produção maior.
A divulgação do relatório da Macroaxis não aumentou o mau humor do mercado em relação à Petrobras, que já conta com resultados estáveis ou menores de produção e de lucro em 2013 e 2014, mas que apostam na recuperação da companhia a partir de 2015.
As ações mais negociadas subiram 0,48% no pregão da Bovespa, cotadas a R$ 16,86, enquanto as ordinárias, com direito de voto, subiram 0,32%, cotadas a R$ 15,71. O Ibovespa subiu 0,11%.
Penso que a Petrobras pode capotar quando der inicio a exploração do pré-sal, numa aventura comandada por petistas despreparados.
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