segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Pelo jeito, a economia vai cair na nossa cabeça: balança comercial tem pior resultado desde 2000 e acões da Petrobrás caem 10%

O noticiário econômico de hoje é péssimo, capaz de estragar um mês tradicionalmente voltado para comemorações. No acumulado de janeiro a novembro de 2013 nossa balança comercial teve um déficit de US$ 89 milhões. Este é o pior saldo do comércio exterior do Brasil nos onze primeiros meses de um ano desde 2000, quando o resultado foi negativo em US$ 519,9 milhões. Desses 13 anos passados, 10 foram debaixo da asa gigantesca do PT -- só falta agora os petistas, o NPA (Nosso Pinóquio Acrobata, Lula), Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saias), o cardiopata Genoíno, o curandeiro Zé Dirceu e o PT culparem FHC por isso ...

Não é preciso fuçar muito para descobrir que as importações de petróleo têm muita culpa nesse cartório. Em julho, por exemplo, nossas importações mais do que dobraram (aumentaram em mais de 140%), enquanto as exportações caíram em 50%.

Os governos petistas montaram um esquema infalível para acabar com a Petrobras: do lado da demanda, estimulam a produção de carros e o consumo de combustível com a redução do IPI (e, de quebra, ferrando com o nosso meio ambiente). Do lado da receita, represam e sufocam artificialmente os preços dos combustíveis. 

Depois que o PT se aboletou no Planalto e nas estatais -- e especialmente na Petrobras, em que cedeu algum espaço para o PMDB, outro câncer da nossa política -- nossa conta petróleo se deteriorou rapidamente. Responsável por 80% do petróleo extraído pela Petrobras, a Bacia de Campos chegou ao seu pior nível de produção em cinco anos, como mostrou o Estado de S. Paulo (20/11). Só neste ano, a queda de produção de petróleo da Bacia de Campos já impôs à Petrobrás perda de receitas que podem chegar a R$ 7 bilhões. É o preço que a empresa e seus acionistas pagam porque, nos últimos anos, a manutenção das plataformas não foi feita de maneira adequada, o que exige, hoje, paradas mais longas do que as previstas dessas unidades. Isso, obviamente, afeta sua produção. São as consequências de um modelo de gestão da estatal que, desde a chegada do PT ao poder, atendeu aos interesses políticos do governo, deixando de lado decisões estratégicas essenciais e até mesmo o planejamento adequado de suas atividades no médio prazo.

Os compromissos da Petrobras, atuais e vindouros (pré-sal), estão simplesmente acima da capacidade financeira da empresa, o que a vem obrigando a vender ativos para fazer caixa. Para poder investir no pré-sal, por exemplo, ela fechará 38 empresas no exterior até 2015. Em agosto deste ano, a empresa anunciou a venda de US$ 2,1 bilhões de ativos em programa de desinvestimentos.

Como consequência natural dessa lambança toda, a Petrobras despencou e contaminou o Ibovespa nesta segunda-feira. As ações da empresa caíram ao seu menor nível desde 30 de agosto. O mercado se frustrou com o resultado da reunião do conselho de administração da empresa, na última sexta-feira. Não saiu o tão esperado mecanismo de ajuste de preços e, além disso, a alta anunciada para a gasolina e para o diesel ficou abaixo do esperado.

Só hoje, a Petrobras perdeu R$ 20 bi em valor de mercado. Até o início deste ano, ela havia perdido 40% de seu valor em 3 anos

Contra números e fatos não há argumentos. Com Dilma NPS comandando a economia no andar de cima, e Guido Mantega no andar de baixo, qualquer coisa diferente de um desastre completo já será um milagre. 




Nenhum comentário:

Postar um comentário