Os mensaleiros condenados pelo STF mais preocupados com a elegância (do que com a ética) já podem convocar seus alfaiates prediletos para confeccionar seus uniformes zebrados sob medida, porque foram alertados pelo presidente do Supremo de que em meados do ano irão cumprir suas penas atrás das grades. É bom prepara dois enxovais, porque em meados do ano é nosso inverno e o tempo anda muito maluco.
O único alfaiate que continua ocioso é o do NPA (Nosso Pinóquio Acrobata, Lula), pois este continua conseguindo escafeder-se com êxito da espada da Justiça no caso do mensalão, num fenômeno que vilipendia o país e avacalha com a reputação de nossa polícia e de nosso judiciário. Criaram-se em torno dessa figura sem jaez uma aura e uma redoma de respeitabilidade e de impunidade inadmissíveis em qualquer democracia minimamente decente, e absolutamente incompatíveis com o currículo/prontuário do protegido. Sacralizaram o pilantra. E é preciso não esquecer, em momento algum, o papel fundamental exercido por nossa terna Dona Dilma nesse acobertamento, por ação e omissão.
Mas, há mais gente responsável pela circulação livre desse malfeitor no mar da impunidade. A mídia em geral o poupa, não expõe suas mazelas e o lado putrefacto de seu caráter, prefere fazer média com seu eleitorado e talvez, quem sabe, com nossa supersimpática Dona Dilma porque, afinal, o governo é um senhor anunciante e as eleições já estão prematuramente no horizonte. Mas, o papel mais deplorável, mais deprimente e mais absurdamente omisso e incompetente nessa história toda é o da oposição. Nos meus 74 anos de vida nunca vi algo tão desfigurado, tão desfibrado, tão vazio, inútil e imprestável como a oposição que hoje se arrasta nas duas Casas do Congresso qual um bando de mendigos políticos.
Quando estourou o caso da Rosemary Noronha, a afilhada do NPA que compartilhava com ele de longas intimidades na cabine presidencial em quase 30 viagens internacionais, a maioria nada curtas, que o atendeu com carinho e atenção por mais de uma década, que ele indicou para chefiar o escritório da Presidência da República e lá pintou e bordou em escala mafiosa, pensou-se que dessa vez o pilantra do NPA havia sido pego. Mas, o tempo vai passando, o malandro deu inicialmente um sumiço providencial, indo a Cuba e alhures (dessa vez sem Rosemary) e, depois de voltar, está circulando frenético, dando pitaco onde é e não é chamado, ocupando as manchetes praticamente todos os dias e, espertamente, está deixando o affair Rosemary no segundo plano, a caminho do terceiro.
E ninguém, nem a mídia e muito menos a oposição, pressiona a polícia e o judiciário para que se saiba o papel do NPA no imbróglio Rosemary e, afinal, o que continham as 120 ligações trocadas entre ele e sua pupila tão chegada. Será que estão esperando a autorização da Dona Marisa, nossa sempre inesquecível ex-primeira dama?! Se houver algo mais, ou muito, íntimo nessas conversas ao pé do ouvido pode-se sempre fazer uma encenação e cobrir esses trechos com &#@!* ou algo parecido, embora isso seja de um puritanismo ridículo para quem está acostumado com nossas novelas, nossos outros escândalos e as reiteradas besteiras quase obscenas do NPA. De mais a mais, se o Reino Unido e a família real inglesa tiraram de letra a declaração de amor telefônica do príncipe Charles para a Condessa da Cornuália, dizendo que adoraria ser seu tampão (ou tampax, fazendo propaganda gratuita), não vejo porquê nossa surrada República possa sucumbir a um eventual arroubo ou outro entre o NPA e Rosemary. O que não tem cabimento é o país, mais uma vez em se tratando de NPA, ficar à mercê da leniência, da frouxidão e da covardia da oposição, da mídia, da polícia e do judiciário no acobertamento de um marginal da ética e da moral, reincidente.
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