terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O jeito petista de administrar a Petrobras (II)

Na postagem anterior sobre esse assunto cometi uma grave omissão, que me apresso a corrigir, desculpando-me pela falha. É que, inexplicavelmente, me esqueci de mencionar que, dentro do conceito sui generis do PT de gerir uma estatal, e, no caso, simplesmente a maior do país, algum luminar do governo petista resolveu, sem mais nem menos, criar uma nova diretoria na Petrobras, a Diretoria Corporativa e de Serviços.

Essa diretoria tem tudo para se destacar como o mais requintado exemplo do conceito miúdo, rasteiro, debochado, demagógico e irresponsável de um governo petista com relação à gestão da coisa pública: - a) foram necessários 59 anos de vida da Petrobras, dos quais 9 anos de administração petista, para alguém "descobrir" a necessidade dessa diretoria; - b) não se trata de uma diretoria para otimizar a atuação da empresa, mas sim para servir a um alto dirigente  petista, o senador José Eduardo Dutra, que já presidiu a Petrobras (de janeiro de 2003 a julho de 2005) e se encontrava "desempregado".

Certamente, haverá quem ache que estou pegando pesado demais. Afinal, o senador é boa praça, tem relevantes serviços prestados ao PT e, ainda mais, passou recentemente por sérios problemas de saúde. O que é que custa dar-lhe um cargo na alta direção da empresa que já presidiu, mesmo que seja preciso criá-lo do nada, num estalar de dedos?

Com essa nova diretoria o PT, via Dilma Rousseff, cria um novo feudo político dentro da Petrobras e abre novo e precioso espaço para o desembarque de seus filiados e afilhados paraquedistas, que em sua esmagadora maioria têm como único comprovante de "competência" a carteirinha do partido. Fica cada vez mais fácil entender porque o PT considera a Petrobras "intocável" ...

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