sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Banda Larga móvel crescerá 400% na AL

O número de acessos em banda larga móvel na América Latina deve chegar a 750 milhões de aparelhos móveis conectados (2G, 3G e 4G). A conclusão é de um extenso relatório preparado pela GSMA (organização mundial que presta consultoria no setor de telecomunicações), que prevê um enorme aumento no fluxo de dados nos países latinos nos próximos anos.

Com uma expansão anual de 13% nos últimos quatro anos, a América Latina é o terceiro mercado mundial de serviços móveis, com mais de 630 milhões de conexões. Em boa parte dos países, o número de linhas supera inclusive a população. Mas, desses, apenas 61 milhões são pontos de banda larga móvel (HSPA e LTE). Esse número deve saltar para 305 milhões até 2015, um aumento de 400%.

O estudo aponta que as assinaturas de internet nos dispositivos móveis têm crescido a uma taxa de 127% ao ano e há uma expectativa de que essa expansão continue em um patamar anual de 50% – similar ao do Leste Europeu. Desta forma, a América Latina deve chegar a 750 milhões de acessos à internet móvel em 2015, praticamente chegando à quantidade prevista de linhas habilitadas. Nesse cenário, as receitas obtidas pelos serviços de voz serão cada vez menos importantes nos caixas das empresas, sendo substituídas rapidamente pelas receitas vindas dos planos de dados. Atualmente o tráfego de dados móveis per capita na região é de apenas 22 megabytes (MB), mas deve saltar para 850 MB nos próximos três anos, superando o nível de utilização per capita dos usuários asiáticos.

Segundo o relatório, como o crescimento da banda larga fixa apresenta uma série de limitações – sobretudo de alcance às áreas mais remotas desses países -, a tecnologia móvel deverá exercer um papel de liderança na universalização do acesso à internet que vem sendo promovida por diversos países da região. No caso brasileiro, esse é exatamente um dos pilares do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).

“Hoje muitas pessoas demandam o acesso à internet, mas pouca gente o tem. O futuro é a banda larga móvel. A previsão para o aumento no fluxo de dados é dramática, e a experiência tem mostrado que todas as estimativas no setor sempre são superadas”, afirma o diretor da GMSA para a América Latina, Sebastian Cabello.  Atualmente, o Brasil lidera com folga, respondendo por 38% de todos os acessos móveis na região no fim de 2011, segundo o estudo. Em segundo lugar está o México (16%), seguido por Argentina (9%), Colômbia (8%) e Venezuela (5%).

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