Acostumada com a esculhambação ética e financeira dos dois governos do NPA (Nosso Pinóquio Acrobata, Lula), nos quais desempenhou papel marcantemente negativo e incompetente, principalmente como uma das formuladoras da política energética do NPA, sua ministra de Minas e Energia, sua chefe da Casa Civil, gerentona do PAC e durante sete longos anos presidente do Conselho de Administração da Petrobras, a presidente Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saias) sentiu-se incomodada com o absurdo da interferência do TCU no andamento de obras de seu governo.
Na visão rastaquera e eticamente vazia da nossa supersimpática ex-guerrilheira, uma obra não pode ser interrompida só porque tem irregularidades, está superfaturada e/ou saturada de malfeitos e mutretas. Onde o TCU está com a cabeça, ora já se viu?!
Dona Dilma NPS é uma versão diferente, 2.0, de Ademar de Barros, o político do famoso "roubo, mas faço". Não há absolutamente nada contra ela esse tempo todo em termos de aproveitamento financeiro pessoal de qualquer natureza, ao longo dos vários bilhões de obras que administrou e ainda administra. Sua honestidade não sofreu qualquer arranhão, seu problema grave são sua incompetência, sua completa falta de autocrítica e seus critérios demasiado elásticos em lidar com malfeitos e dubiedades éticas, especialmente em ano pré-eleitoral.
O argumento de Dilma contra o TCU é sensacional: "Acho um absurdo paralisar obra no Brasil. É algo extremamente perigoso, porque depois ninguém repara o custo", afirmou a presidente. "Se houver algum erro por parte do agente que resolveu paralisar, não tem quem repare, a lei não prevê". Depois de 11 anos de governo petista Dona Dilma NPS resolve descobrir, em ano pré-eleitoral, que o TCU não é confiável e que obra em que ele detetar irregularidade não pode ser interrompida. É melhor prosseguir com a obra suspeita, depois a gente arranja um jeito de checar se o TCU estava certo ou errado. E se ficar provado meses ou anos depois que o TCU estava certo, o que se faz? Isso não é problema de Dona Dilma NPS, ela sequer cogitou disso em sua reclamação, o caso dela é tocar obra (capengamente, como se viu e se vê no PAC) -- o custo disso e o contribuinte que o paga que se danem.
A bronca da nossa doce ex-guerrilheira contra o TCU deveu-se à recomendação do tribunal para a interrupção de sete obras feitas com dinheiro do governo federal, em que foram verificadas irregularidades. Entre essas obras estava a BR-448, no Rio Grande do Sul (onde estava a presidente quando fez a reclamação), em que foram encontrados indícios de superfaturamento de R$ 90 milhões. Dona Dilma NPS deve achar que isso é uma merreca que não justifica paralisar obra alguma -- parafraseando aquela velha marchinha carnavalesca, não importa que a mula manque, a presidente quer é rosetar.
O TCU emitiu nota oficial em resposta à presidente. Na nota, o TCU esclarece que cumpre seu papel fiscalizador da aplicação dos recursos públicos federais, definido na Constituição Federal e determinado pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). "Consciente do impacto que as obras têm no crescimento do País, o TCU oferece parecer técnico com a situação das obras públicas executadas com recursos federais e as irregularidades identificadas, cabendo ao Congresso Nacional decidir sobre a paralisação efetiva", diz o órgão. Segundo o TCU, as atuações deste podem gerar gerar economia da ordem de R$ 1,2 bilhão aos cofres públicos, "casos todas as correções sejam realizadas".
Não há a menor chance de Dilma NPS ter aprendido mais essa lição.
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