A crise econômica que assola a Europa vem gerando, além das discussões estritamente econômico-financeiras, conflitos explícitos e velados sobre o futuro da Comunidade Européia e de sua moeda, o euro. Países como a Alemanha, a locomotiva dessa Comunidade, começam a questionar a política de socorro a países que vivem acima de suas posses e obrigam os demais países a socorrê-los com ajudas bilionárias, como já foi o caso da Grécia e da Irlanda e parece ser logo em seguida os casos de Portugal e Espanha (com a Itália correndo por fora). Começaram a circular rumores sobre a saída de certos países da zona do euro e a séria ameaça que isso traria sobre a unidade da comunidade de países que abandonaram suas moedas e adotaram o euro como moeda única.
Com esse pano de fundo a renomada revista The Economist publicou no dia 02/12 um artigo muito interessante com o título "Como retirar-se do clube" ("How to resign from the club"), em que se afirma que embora sejam altas as barreiras para essa retirada, elas podem ser vencidas por um país que esteja determinado em fazê-lo. A idéia de fragmentar, ou mesmo dissolver a área do euro [dependendo do poderio econômico do(s) país(es) que decidisse(m) abandoná-la)], gera no mínimos três questões: - a) por que um país optaria por deixá-la? - b) como um país administraria a mudança para uma nova moeda (ou sua moeda anterior)? - c) os países que se retirassem estariam melhor fora da área do euro do que dentro dela? Esta última pergunta é, talvez, a mais importante delas.
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