Desde 2001 até hoje os EUA já despejaram a bagatela de US$ 52 bilhões no Afeganistão e o impacto disso no estado de miséria em que vivem os 30 milhões de afegãos é tão insignificante, que esse é considerado o mais extraordinário fracasso da coalizão liderada pelos americanos nesse país. No momento em que Obama está previsto apresentar, nesta semana, uma revisão da estratégia americana para o Afeganistão que muito provavelmente enfocará o progresso na área militar, há insistência por parte de funcionários americanos e de administradores, homens de negócios e colaboradores afegãos de que a corrupção é a maior ameaça ao futuro do país.
Daquele expressivo orçamento de ajuda, dois terços foram destinados à área de segurança e um terço para fins de desenvolvimento econômico, social e político. O impacto disto foi praticamente zero em 9 milhões de afegãos que vivem em absoluta pobreza, e em outros 5 milhões que tentam sobreviver com 43 dólares por mês. O restante da população mal consegue sobreviver, tendo que optar entre comprar madeira para aquecer-se ou comprar comida.
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A foto mostra mulheres afegãs esmolando nas ruas de Kabul.
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