Os recentes episódios de liberação das candidaturas e consequentes diplomações de Garotinho e Paulo Maluf são uma nítida e inequívoca demonstração de que há uma campanha insidiosa e sistemática em curso, para desmoralizar em seu âmago a Lei da Ficha Limpa.
É gritantemente sintomático e muito preocupante o fato de que o ministro Marco Aurélio, do STF, é o responsável pela liberação de Paulo Maluf e, mais do que isto, pela determinação ao TRE de SP para que procedesse imediatamente à revalidação dos votos desse cidadão e, subsequentemente, à sua diplomação. Marco Aurélio sempre foi e é um péssimo perdedor nos tribunais em que atua (STF e TSE), com ênfase particular no caso da Lei da Ficha Limpa. Dividindo com Gilmar Mendes o pódium dos egos superinflados e das autoestimas himalayas (não é à toa que se sentam lado a lado, qual vasos comunicantes, o que evita que um tsunami de suas autocríticas infladas sufoquem o Supremo), Marco Aurélio nunca se conformou em ter sido derrotado em sua tese de que a Lei da Ficha Limpa não se aplicaria às eleições deste ano. Nada, absolutamente nada, me tira da cabeça a certeza de que ele está usando emblematicamente o caso de Paulo Maluf para ir à forra contra seus pares e a sociedade que o derrotaram na votação da Lei da Ficha Limpa no Supremo Tribunal Federal e na mídia.
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