segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A política antidrogas de Portugal desperta a atenção dos EUA e de outros países

Há dez anos atrás Portugal chegou ao fundo do poço quanto ao uso de drogas: estimava-se que 100 mil pessoas -- um surpreendente 1% da população -- eram viciadas em drogas ilegais. Assim, com pouco a perder, o país tomou uma decisão arriscada: descriminalizou o uso de todas as drogas, com uma lei arrojada e radical em 2000.

Agora, os EUA, que há 40 anos sustentam uma guerra contra as drogas que já consumiu 1 trilhão de dólares, buscam respostas no pequeno Portugal, que está colhendo os benefícios daquilo que chegou a parecer um jogo perigoso. Gil Kerlikowske, o czar das drogas da Casa Branca, visitou Portugal em setembro para conhecer suas reformas relativas a drogas, e outros países como Noruega, Dinamarca, Austrália e Peu também estão interessados nisso.

As drogas ainda são ilegais em Portugal, mas o que o país fez foi o seguinte: ele mudou a lei, de modo que os usuários são enviados para receber aconselhamento ou, às vezes, tratamento, em vez de irem para tribunais e prisões. A mudança de enfoque em relação às drogas, transformando-as de um assunto criminal para um de saúde pública visou evitar que os usuários fossem para a clandestinidade. Resultado: mais pessoas experimentam drogas, mas um número menos torna-se viciado. Leia mais.

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