quinta-feira, 15 de maio de 2014

Os riscos de doenças na Copa do Mundo

A mídia, em todas as suas alternativas, tem destacado com ênfase todos os problemas e fracassos já confirmados na organização da Copa do Mundo que começa daqui a menos de um mês, mas invariavelmente ela tem se dedicado às falhas visíveis que aparecerão aos olhos do mundo todo durante o evento. Mas, fala-se praticamente nada sobre um risco absolutamente real, que é o da introdução no país de novas doenças ou de novas variedades de doenças aqui já existentes, trazidas por turistas e até jogadores dos quatro cantos do planeta, assim como do risco de jogadores e turistas estrangeiros contraírem aqui doenças inexistentes em seus países de origem. Isso sem falar nas doenças sexualmente transmissíveis (DST). Neste particular, há um silêncio ensurdecedor tanto da mídia quanto do governo. Pode ser até que esse silêncio seja proposital, para evitar alarmes, mas em se tratando de governo petista que tem se mostrado relapso, incompetente e irresponsável em termos de saúde pública, esse silêncio é altamente preocupante.

Para começo de conversa, vejamos onde ficarão as 31 seleções estrangeiras que participarão da Copa:

  • Alemanha -- Santa Cruz Cabrália, Bahia
  • Argélia -- Sorocaba, São Paulo
  • Argentina -- Belo Horizonte, Minas Gerais
  • Austrália -- Vitória, Espírito Santo
  • Bélgica -- Mogi das Cruzes, São Paulo
  • Bósnia e Herzegovina -- Guarujá, São Paulo
  • Camarões -- Vitória, Espírito Santo
  • Chile -- Belo Horizonte, Minas Gerais
  • Colômbia -- Cotia, São Paulo
  • Coreia do Sul -- Foz do Iguaçu, Paraná
  • Costa do Marfim -- Águas de Lindóia, São Paulo
  • Costa Rica -- Santos, São Paulo
  • Croácia -- Praia do Forte, Bahia
  • Equador -- Viamão (próximo a Porto Alegre), Rio Grande do Sul
  • Espanha -- Curitiba, Paraná
  • Estados Unidos -- São Paulo, São Paulo
  • França -- Ribeirão Preto, São Paulo
  • Gana -- Maceió, Alagoas
  • Grécia -- Aracaju, Sergipe
  • Holanda -- Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
  • Honduras -- Porto Feliz, São Paulo
  • Inglaterra -- Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
  • Irã -- São Paulo, São Paulo
  • Itália -- Mangaratiba, Rio de Janeiro
  • Japão -- Itu, São Paulo
  • México -- Santos, São Paulo
  • Nigéria -- Campinas, São Paulo
  • Portugal -- Campinas, São Paulo
  • Rússia -- Itu, São Paulo
  • Suiça -- Porto Seguro, Bahia
  • Uruguai -- Sete Lagoas, Minas Gerais
  • Arena da Amazonia -- Manaus
  • Arena Corinthians -- São Paulo
  • Arena Fonte Nova -- Salvador
  • Arena Pernambuco -- Recife
  • Arena da Baixada -- Curitiba
  • Arena das Dunas -- Natal
  • Arena Pantanal -- Cuiabá
  • Beira-Rio -- Porto Alegre
  • Castelão -- Fortaleza
  • Mané Garrincha -- Brasília
  • Maracanã -- Rio de Janeiro
  • Mineirão -- Belo Horizonte
Vejamos agora, por exemplo, o mapa da dengue no Brasil no primeiro bimestre de 2014Dez estados concentram 86% dos casos registrados em 2014. As cidades com o maior número são Goiânia (GO), 6.089; Luziânia (GO), 2.888; Aparecida de Goiânia (GO), 1.838; Campinas (SP), 1.739; Americana (SP), 1.692; Belo Horizonte (MG), 1.647; Maringá (PR), 1.540; São Paulo (SP), 1.536; Brasília (DF), 1.483; e Campo Belo (MG), 1.410. Dessa lista, receberão seleções estrangeiras as cidades de Campinas (Nigéria e Portugal), Belo Horizonte (Argentina, Chile) e São Paulo (Estados Unidos, Irã), e sediarão jogos da Copa as cidades de Belo Horizonte, Brasília e São Paulo. Os membros das delegações que irão a essas cidades têm de se precaver.

Vejamos como está o sarampo no país neste ano. Merecem destaque Fortaleza, Recife e Ribeirão Preto. As duas primeiras cidades receberão jogos da Copa, e Ribeirão Preto será sede da delegação da França.


Vejamos agora algumas doenças que ocorrem lá fora e poderão eventualmente ser trazidas para o Brasil durante a Copa do Mundo:
Evidentemente, não há espaço nesta postagem e no blogue para estender mais os potenciais de risco de doenças para brasileiros e turistas estrangeiros durante a Copa do Mundo. Fica apenas o alerta, lembrando que seria fundamental ter-se uma palavra do governo federal sobre as medidas previstas ou já tomadas para enfrentar esses riscos.

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