sábado, 10 de maio de 2014

Fezes de rato e carne vencida encontradas em açougue de luxo de Jamie Oliver, famoso chef inglês

[Quem fica zapeando a TV a cabo dificilmente não terá visto, pelo menos uma vez, algum programa de culinária do famoso chef inglês Jamie Oliver. Descontraído e informal, Oliver defende o uso de ingredientes frescos e de boa origem em suas receitas e já capitaneou uma campanha para melhora da qualidade da comida servida em escolas para crianças, inclusive nos Estados Unidos. Por isso, é mais do que surpreendente a notícia abaixo do fechamento por 24h de seu açougue de luxo em Londres, por péssimas condições sanitárias. O que estiver entre colchetes e em itálico é de minha responsabilidade.]


O chef inglês Jamie Oliver - (Foto: Getty Images/Fonte: Veja).

Fezes de rato, carne mofada e fora da validade, equipamentos sujos e mal-cuidados: foi o que a vigilância sanitária londrina descobriu, ainda no fim do ano passado, no açougue do célebre chef Jamie Oliver, o Barbecoa – que abastece o seu restaurante, de mesmo nome, também em Londres.

O açougue e o restaurante foram fechados depois da inspeção sanitária, em janeiro, mas reabriram um dia depois sem que o público ficasse sabendo o motivo. O jornal britânico The Times revelou o incidente  nesta sexta, 9, cinco meses depois do fato, após ter acesso ao relatório da inspeção por meio de uma lei de acesso à informação.

A vigilância londrina deu um ponto, entre cinco possíveis, para as condições de higiene do açougue de Oliver. A assessoria do chef confirmou a inspeção feita e disse que fechou o restaurante voluntariamente, para limpar o local. Sobre a carne mofada, afirmou que tratavam-se de peças de carne em maturação, uma técnica conhecida como dry-age, que não as torna impróprias para consumo.

O açougue Barbecoa, e o restaurante, vendem cortes nobres e peças de wagyu, cara e cobiçada raça de boi de origem japonesa. No restaurante, uma peça de carne no prato pode sair por mais de R$ 120.

[Segundo a agência de notícia Reuters, o chef de 38 anos tem fortuna estimada em 225 milhões de libras (cerca de 732 milhões de reais), proveniente de um verdadeiro império gastronômico formado por livros, programas de televisão, uma escola de culinária, serviços de bufê e restaurantes. 

Em junho do ano passado a revista Veja anunciou que Oliver iria trazer para o Brasil sua franquia de restaurantes de comida italiana aberta há cinco anos na Inglaterra. O Rio de Janeiro estava entre as cidades mapeadas na expansão global de sua cadeia de restaurantes para até 20 países, que inclui Austrália, Rússia, Turquia, China, Indonésia, Tailândia, entre outros, segundo comunicado do Grupo de Empresas Jamie Oliver enviado à imprensa na terça-feira. A concretização do projeto brasileiro só dependia de encontrar um sócio ideal, disse Oliver na época em uma entrevista à rede BBC Brasil -- pelo visto, esse sócio não foi encontrado e/ou o Brasil saiu do mapa do chef inglês. O braço direito de Oliver é (ou era) um brasileiro, Almir Santos.]

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