terça-feira, 29 de setembro de 2015

Compras de órgãos públicos tem superfaturamento médio de 17% em relação ao setor privado

[O gigantismo, a ineficiência e a corrupção do Estado brasileiro é patente, mas as perspectivas de melhora infelizmente são escassas. Vejam abaixo um artigo do IBPT - Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação publicado em agosto deste ano.]

Compras de órgãos públicos tem superfaturamento médio de 17% em relação ao setor privado

Estudo do IBPT demonstra que sobrepreço das mercadorias foi de R$ 4,68 bilhões em três anos
Fonte: IBPT
Estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação – IBPT, nesta terça-feira, 4, constatou um sobrepreço de R$ 4,68 bilhões nas mercadorias adquiridas pelos entes federais, estaduais e municipais entre os anos de 2012 a 2014. Com isso, o brasileiro precisa trabalhar 32 dias a mais por ano somente para pagar a corrupção e o superfaturamento das compras públicas no País, que é, em média, de 17% em comparação ao setor privado.

O levantamento teve como base a análise de 3 milhões de notas fiscais, emitidas no período de três anos, pelas compras de mercadorias e produtos pelos órgãos públicos nas esferas federal, estaduais e municipais, no valor total de R$ 27,55 bilhões. Para concluir o estudo, o IBPT obteve as informações por meio da Lei de Acesso à Informação ( Lei nº 12.527/2011).
“Entendemos que há uma deficiência do setor público em disponibilizar as informações e estamos nos propondo a entregar um software gratuito, para que possam fazer a análise e o ordenamento dessas informações. Não podemos mais ter essa cultura do sigilo no Brasil”, avaliou o presidente do Conselho Superior e coordenador de estudos do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral, durante o lançamento do estudo, em São Paulo.

O estudo concluído pelo IBPT faz parte do Projeto Lupa nas Contas Públicas, que entre outras ações, terá um grupo com representantes de órgãos de controle da administração pública, entidades de classe e da sociedade civil que se reunirão mensalmente para debater e propor soluções para um melhor gerenciamento dos gastos públicos.
Baixe o estudo agora mesmo, clique aqui! [Para ter acesso ao estudo é preciso se cadastrar no site do IBPT, o que pode ser feito através do texto original do artigo acima.]

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