Ilustração de Amos Biderman - (Fonte: Haaretz)
A verdade perturbadora para o primeiro-ministro é que terminar a guerra de uma maneira que o povo veja como fraqueza, concessão ou cansaço é passível de custar-lhe o cargo.
Um alienígena que pousasse no país no início da última semana de julho poderia pensar que todos os problemas de Israel estão sendo causados por alguém chamado John Kerry. O bem-intencionado mas um tanto desajeitado secretário de estado americano, que falhou em sua tentativa de alcançar um cessar-fogo, foi descrito na imprensa local como um diplomata terrorista, um risco estratégico, um cavador de túneis mortais sob a segurança do país.
O ataque a Kerry e a ácida e rápida deterioração nas relações com os EUA sinalizaram que o governo israelense havia perdido o controle dos acontecimentos. O gabinete poderia ter-se abstido de emitir um desafiante e "unânime" voto contra o plano de Kerry, e resolvido a disputa calma e discretamente através dos canais diplomáticos. Em vez disso, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e seus apoiadores criaram um fronte desnecessário contra os americanos e Jon Stewart ridicularizou a crítica grosseira de Israel a Kerry em seu programa noturno "The Daily Show", uma abordagem satírica das notícias.
Netanyahu teve uma dor de cabeça séria esta semana. Por um lado, está louco para terminar a guerra mas as condições diplomáticas para isso não estão ainda disponíveis. Por outro lado, está sob crítica crescente no país. Ministros de seu partido e de seu governo discordam publicamente da maneira pela qual ele conduz os acontecimentos; as autoridades locais no sul do país o pressionam para penetrar mais fundo em Gaza; e um "oficial bem sênior" das Forças de Defesa de Israel [IDF, na sigla inglesa] foi citado como tendo dito que chegou a hora para o governo dizer às forças armadas em que direção vai Israel nessa campanha militar.
Ademais, os EUA e o resto do mundo estão ficando cansados e irritados com a situação. E finalmente, o conflito político entre Netanyahu e o ministro da Defesa Moshe Ya'alon de um lado versus o ministro da Economia Naftali Bennett e o ministro das Relações Exteriores Avigdor Liberman de outro ficou espalhafatoso, até nas reuniões do gabinete.
A verdade perturbadora para o primeiro-ministro é que terminar a guerra de uma maneira que o povo veja como fraqueza, concessão ou cansaço é passível de custar-lhe o cargo. As pesquisas que mostram um tremendo apoio popular à continuação da operação -- 85% dos pesquisados -- estão lançando as sementes de um desastre político para ele. Esse era o sentimento predominante no seio do establishment político esta semana.
Quando o líder da direita corre risco de perder o apoio do eleitorado de direita, basta-lhe apenas um revés a mais para encerrar sua carreira. A aspiração por fama do primeiro-ministro e chefe do Likud, desde os seus primeiros dias na política, tem sido a maneira como ele se auto-define -- como interessado antes de tudo em segurança, e só depois em diplomacia. Ele pode emergir da guerra de Gaza como sendo a pessoa que não entregou as mercadorias -- nem segurança, nem diplomacia.
A palavra final
No anoitecer da segunda-feira, enquanto Netanyahu se preparava para falar à mídia na sede do ministério da Defesa no Kyria em Tel Aviv, a ministra da Justiça Tzipi Livni e o ministro da Economia Bennett bateram à sua porta, separadamente. Cada um queria ser a última pessoa a soprar-lhe aos ouvidos visões próprias profundas e passíveis de alterar o jogo antes que aparecesse na televisão. Netanyahu tem a fama de formular suas decisões, ou pelo menos burilá-las, com base na última mensagem que receber.
Bennett ganhou, ele foi o último a ser ouvido. Mas, basicamente, o plano de ação de Livni tinha a posição de controle. Em sua fala à nação, Netanyahu foi vago e sua postura apresentava a mesma mensagem que cita desde que a guerra começou: dêem-me um acordo de cessar-fogo adequado e razoável que encerrarei as atividades, retirarei nossas forças e declararei que vencemos.
A resposta sionista apropriada de Bennett não tardou a surgir. Na tarde seguinte, durante uma visita a Ashkelon [Ascalão ou Ascalona, uma cidade na costa mediterrânea no Distrito Sul de Israel, no norte da Faixa de Gaza], ele convocou a mídia e explicou o que considera como adequado para a continuação da guerra: uma intensificação da operação, tão longa quanto necessário, até que o Hamas esteja subjugado: "Não ceda e não pare até alcançar esse objetivo ... Golpeie o Hamas sem piedade ... até a desmilitarização, até uma vitória ... até que terminemos o trabalho". Tudo o que faltava era o próprio ministro dar as ordens de atirar e terminar com as palavras imortais: "Avancem, avancem, fim e câmbio".
Não é de espantar que Netanyahu pensasse que ele [Bennett] estivesse maluco e irracional. Os comunicados liberados rapidamente por pessoas de confiança e mais próximas do primeiro-ministro visavam diretamente o líder do Habayit Hayehudi. Bennett foi acusado de irresponsabilidade, populismo, tráfico de votos, cinismo, e jogo duplo. O que ele dizia em reuniões fechadas do gabinete não coincide com suas declarações à mídia, afirmam os associados a Netanyahu: "Ele está engajado em manipulação política, explorando o fato de que não lhe cabe responsabilidade nos fatos para tentar invadir o eleitorado de direita às custas do Likud". [É edificante a harmonia reinante no governo israelense em um momento como esse ... É fácil ver que quem paga a conta são os palestinos.]
Se há algum consenso geral no establishment político, esse é que o esforço de Bennett está dando frutos. Ele agora é considerado o porta-voz claro, genuíno e puro da direita. Uma ameaça real ao Likud. Você não o verá atacando Netanyahu diretamente. Pelo contrário. Ele é extremamente cuidadoso em não fazer isso. Mas, ele continuamente oferece uma alternativa clara, agressiva, assertiva e orgulhosa à política do primeiro-ministro, uma alternativa que corresponda bem ao estado de espírito da população e se encaixe precisamente com os sentimentos da direita. Ele soa exatamente como Netanyahu soava na Operação Chumbo Fundido (Operation Cast Lead) em 2009, por exemplo.
No gabinete, Bennett frequentemente se choca com Ya'alon e com oficiais do exército. Ele chega às reuniões após coletar informações em geral e de inteligência de oficiais seniores da área -- comandantes de brigadas, batalhões e divisões que conhece da época de seu serviço militar. Em contraste com Liberman, que constantemente recita o velho mantra "Ocupar Gaza", Bennett apresenta planos, esboços e sugestões concretos.
Bennett foi o primeiro a sugerir a Netanyahu que explorasse o assassinato dos três adolescentes israelenses na Margem Esquerda, antes da Operação Limite Protetor, para começar pela destruição dos túneis de terror em Gaza. Em reuniões fechadas, ele conduz discussões obstinadas com o exército sobre os cessar-fogos humanitários. Cada calmaria como essa, alega, ajuda diretamente o Hamas a se revigorar e se reorganizar e tem um efeito negativo no moral das nossas tropas. Não é por coincidência que em cada calmaria dessas tivemos baixas. Mas necessitamos dos cessar-fogos para cuidar dos túneis, explicam os oficiais das IDF. Não, diz ele, é mais eficiente cuidar dos túneis quando avançamos e atiramos, e cobrimos a área com uma grande conflagração. E assim por diante.
No fundo, Bennett sabe que o cessar-fogo aprovado pelo gabinete no início da operação, apesar da oposição dele e de Liberman, garantiu a Israel a legitimidade internacional para prosseguir. Isso não fará com que ele vote a favor de quaisquer cessar-fogos no futuro. Ele acha conveniente que eles sejam aprovados com os votos de outros ministros.
Esta é resumidamente sua proposta: continuar lutando por algumas poucas semanas a mais, até que o Hamas implore por um cessar-fogo e então insistir em um acordo que inclua as seguintes cláusulas: -- i) as IDF permanecerão na área por algumas poucas semanas a mais, o tempo que for necessário, tempo durante o qual elas utilizarão ferramentas de engenharia que destruirão todos os túneis; -- ii) quando a missão for concluída, as IDF sairão mas terão total liberdade de ação para entrar em Gaza quando julgar conveniente, para lidar com ameaças terroristas imediatas e "evitar o fortalecimento" do inimigo; -- iii) em troca, ele se mostra disposto a garantir aos habitantes de Gaza "tudo o que possam querer" em termos de benefícios econômicos e civis: abertura das travessias, um porto marítimo, um aeroporto. Brilhante, generoso e cruel esse Naftali. [Esse ministro israelense tem em muito baixa conta a autoestima dos palestinos e os objetivos do Hamas.]
Operação Yoav
Mais magro, mais revigorado, mais moderado: graças à guerra, o major-general da reserva Yoav Galant, ex-líder militar do Comando Sul e ex-candidato a chefe do Estado-Maior, está fazendo um retorno expressivo esses dias, três anos e meio depois de renunciar ao cargo após ter se apropriado ilegalmente de terreno público para sua propriedade particular em Moshav Amikam.
De todos os ex-generais que fazem a dança das cadeiras nos estúdios de televisão, Galant é o comentarista mais relevante, mais bem informado e mais especializado. Seus conhecimentos, sua autoconfiança ("Sei o que tem que ser feito", explicou mais de uma vez) e sua política equilibrada -- contra a ocupação e contra a destruição de Gaza, o que está em consonância com os planos de ação de Netanyahu e Ya'alon -- tornaram-se os temas das conversas dos corredores da política nacional. Alguns se perguntam se, no final da operação, se descobrirá que a pessoa que sentava nos estúdios de TV toda noite não é um membro das IDF na reserva mas alguém que disputa a posição de próximo chefe de Estado-Maior.
Isso depende, obviamente e antes de tudo, de Netanyahu que, junto com o então ministro da Defesa Ehud Barak, queria na realidade Galant para o cargo. Mas isso depende também de como terminará a guerra de Gaza e do estado de espírito da população posteriormente a isso. Se a nação demandar um oficial duro, calejado por batalhas e que injetará medo nos corações dos terroristas, não é de todo certo que o candidato que lidera a disputa, o vice-chefe do Estado-Maior major-general Gadi Eisenkot, pareça ser duro e beligerante o bastante para satisfazer essas expectativas. De qualquer modo, Galant aparentemente não desistiu de seu sonho.
[Principais personagens israelenses da reportagem acima:
A verdade perturbadora para o primeiro-ministro é que terminar a guerra de uma maneira que o povo veja como fraqueza, concessão ou cansaço é passível de custar-lhe o cargo. As pesquisas que mostram um tremendo apoio popular à continuação da operação -- 85% dos pesquisados -- estão lançando as sementes de um desastre político para ele. Esse era o sentimento predominante no seio do establishment político esta semana.
Quando o líder da direita corre risco de perder o apoio do eleitorado de direita, basta-lhe apenas um revés a mais para encerrar sua carreira. A aspiração por fama do primeiro-ministro e chefe do Likud, desde os seus primeiros dias na política, tem sido a maneira como ele se auto-define -- como interessado antes de tudo em segurança, e só depois em diplomacia. Ele pode emergir da guerra de Gaza como sendo a pessoa que não entregou as mercadorias -- nem segurança, nem diplomacia.
A palavra final
No anoitecer da segunda-feira, enquanto Netanyahu se preparava para falar à mídia na sede do ministério da Defesa no Kyria em Tel Aviv, a ministra da Justiça Tzipi Livni e o ministro da Economia Bennett bateram à sua porta, separadamente. Cada um queria ser a última pessoa a soprar-lhe aos ouvidos visões próprias profundas e passíveis de alterar o jogo antes que aparecesse na televisão. Netanyahu tem a fama de formular suas decisões, ou pelo menos burilá-las, com base na última mensagem que receber.
Bennett ganhou, ele foi o último a ser ouvido. Mas, basicamente, o plano de ação de Livni tinha a posição de controle. Em sua fala à nação, Netanyahu foi vago e sua postura apresentava a mesma mensagem que cita desde que a guerra começou: dêem-me um acordo de cessar-fogo adequado e razoável que encerrarei as atividades, retirarei nossas forças e declararei que vencemos.
A resposta sionista apropriada de Bennett não tardou a surgir. Na tarde seguinte, durante uma visita a Ashkelon [Ascalão ou Ascalona, uma cidade na costa mediterrânea no Distrito Sul de Israel, no norte da Faixa de Gaza], ele convocou a mídia e explicou o que considera como adequado para a continuação da guerra: uma intensificação da operação, tão longa quanto necessário, até que o Hamas esteja subjugado: "Não ceda e não pare até alcançar esse objetivo ... Golpeie o Hamas sem piedade ... até a desmilitarização, até uma vitória ... até que terminemos o trabalho". Tudo o que faltava era o próprio ministro dar as ordens de atirar e terminar com as palavras imortais: "Avancem, avancem, fim e câmbio".
Não é de espantar que Netanyahu pensasse que ele [Bennett] estivesse maluco e irracional. Os comunicados liberados rapidamente por pessoas de confiança e mais próximas do primeiro-ministro visavam diretamente o líder do Habayit Hayehudi. Bennett foi acusado de irresponsabilidade, populismo, tráfico de votos, cinismo, e jogo duplo. O que ele dizia em reuniões fechadas do gabinete não coincide com suas declarações à mídia, afirmam os associados a Netanyahu: "Ele está engajado em manipulação política, explorando o fato de que não lhe cabe responsabilidade nos fatos para tentar invadir o eleitorado de direita às custas do Likud". [É edificante a harmonia reinante no governo israelense em um momento como esse ... É fácil ver que quem paga a conta são os palestinos.]
Se há algum consenso geral no establishment político, esse é que o esforço de Bennett está dando frutos. Ele agora é considerado o porta-voz claro, genuíno e puro da direita. Uma ameaça real ao Likud. Você não o verá atacando Netanyahu diretamente. Pelo contrário. Ele é extremamente cuidadoso em não fazer isso. Mas, ele continuamente oferece uma alternativa clara, agressiva, assertiva e orgulhosa à política do primeiro-ministro, uma alternativa que corresponda bem ao estado de espírito da população e se encaixe precisamente com os sentimentos da direita. Ele soa exatamente como Netanyahu soava na Operação Chumbo Fundido (Operation Cast Lead) em 2009, por exemplo.
No gabinete, Bennett frequentemente se choca com Ya'alon e com oficiais do exército. Ele chega às reuniões após coletar informações em geral e de inteligência de oficiais seniores da área -- comandantes de brigadas, batalhões e divisões que conhece da época de seu serviço militar. Em contraste com Liberman, que constantemente recita o velho mantra "Ocupar Gaza", Bennett apresenta planos, esboços e sugestões concretos.
Bennett foi o primeiro a sugerir a Netanyahu que explorasse o assassinato dos três adolescentes israelenses na Margem Esquerda, antes da Operação Limite Protetor, para começar pela destruição dos túneis de terror em Gaza. Em reuniões fechadas, ele conduz discussões obstinadas com o exército sobre os cessar-fogos humanitários. Cada calmaria como essa, alega, ajuda diretamente o Hamas a se revigorar e se reorganizar e tem um efeito negativo no moral das nossas tropas. Não é por coincidência que em cada calmaria dessas tivemos baixas. Mas necessitamos dos cessar-fogos para cuidar dos túneis, explicam os oficiais das IDF. Não, diz ele, é mais eficiente cuidar dos túneis quando avançamos e atiramos, e cobrimos a área com uma grande conflagração. E assim por diante.
No fundo, Bennett sabe que o cessar-fogo aprovado pelo gabinete no início da operação, apesar da oposição dele e de Liberman, garantiu a Israel a legitimidade internacional para prosseguir. Isso não fará com que ele vote a favor de quaisquer cessar-fogos no futuro. Ele acha conveniente que eles sejam aprovados com os votos de outros ministros.
Esta é resumidamente sua proposta: continuar lutando por algumas poucas semanas a mais, até que o Hamas implore por um cessar-fogo e então insistir em um acordo que inclua as seguintes cláusulas: -- i) as IDF permanecerão na área por algumas poucas semanas a mais, o tempo que for necessário, tempo durante o qual elas utilizarão ferramentas de engenharia que destruirão todos os túneis; -- ii) quando a missão for concluída, as IDF sairão mas terão total liberdade de ação para entrar em Gaza quando julgar conveniente, para lidar com ameaças terroristas imediatas e "evitar o fortalecimento" do inimigo; -- iii) em troca, ele se mostra disposto a garantir aos habitantes de Gaza "tudo o que possam querer" em termos de benefícios econômicos e civis: abertura das travessias, um porto marítimo, um aeroporto. Brilhante, generoso e cruel esse Naftali. [Esse ministro israelense tem em muito baixa conta a autoestima dos palestinos e os objetivos do Hamas.]
Operação Yoav
Mais magro, mais revigorado, mais moderado: graças à guerra, o major-general da reserva Yoav Galant, ex-líder militar do Comando Sul e ex-candidato a chefe do Estado-Maior, está fazendo um retorno expressivo esses dias, três anos e meio depois de renunciar ao cargo após ter se apropriado ilegalmente de terreno público para sua propriedade particular em Moshav Amikam.
De todos os ex-generais que fazem a dança das cadeiras nos estúdios de televisão, Galant é o comentarista mais relevante, mais bem informado e mais especializado. Seus conhecimentos, sua autoconfiança ("Sei o que tem que ser feito", explicou mais de uma vez) e sua política equilibrada -- contra a ocupação e contra a destruição de Gaza, o que está em consonância com os planos de ação de Netanyahu e Ya'alon -- tornaram-se os temas das conversas dos corredores da política nacional. Alguns se perguntam se, no final da operação, se descobrirá que a pessoa que sentava nos estúdios de TV toda noite não é um membro das IDF na reserva mas alguém que disputa a posição de próximo chefe de Estado-Maior.
Isso depende, obviamente e antes de tudo, de Netanyahu que, junto com o então ministro da Defesa Ehud Barak, queria na realidade Galant para o cargo. Mas isso depende também de como terminará a guerra de Gaza e do estado de espírito da população posteriormente a isso. Se a nação demandar um oficial duro, calejado por batalhas e que injetará medo nos corações dos terroristas, não é de todo certo que o candidato que lidera a disputa, o vice-chefe do Estado-Maior major-general Gadi Eisenkot, pareça ser duro e beligerante o bastante para satisfazer essas expectativas. De qualquer modo, Galant aparentemente não desistiu de seu sonho.
[Principais personagens israelenses da reportagem acima:
Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu (esq) e o ministro da Economia Naftali Bennett -- (Foto: Baz RatnerReuters -- Fonte: The Jerusalem Post)
Ministra da Justiça Tzipi Livni - (Foto: Reuters)
Ministro da Defesa Moshe Ya'alon -- (Foto: Wikipédia)
General Yoav Galant -- (Foto: Wikipédia)
Ministro das Relações Exteriores, Avigdor Liberman -- (Foto: Wikipédia)
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PS -- O Estadão de hoje denuncia que documentos da ONU obtidos pelo jornal revelam que a direção da entidade alertou 33 vezes os militares israelenses de que a escola bombardeada domingo em Rafah abrigava 3 mil refugiados. O último alerta foi feito uma hora antes do ataque, que deixou dez mortos, entre eles cinco crianças com idades entre 3 e 15 anos. O relatório mostra que seis escolas e instalações mantidas pela ONU como abrigos para refugiados já foram bombardeadas. Segundo a ONU, 95 prédios e instalações da entidade foram atingidos desde o dia 8 em 135 ataques diferentes. Isso -- digo eu e não o jornal -- acentua o caráter de barbárie do comportamento de Israel na guerra de Gaza.
Só por um momento, imaginemos que as posições estivessem invertidas: que a Palestina (e particularmente Gaza) fosse Israel e Israel fosse a Palestina, esta última com o poderio militar de que Israel desfruta com o apoio incondicional americano. Qual seriam o sentimento e a reação dos judeus locais e alhures na ocorrência do massacre que se vê hoje em Gaza?]
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