Como uma modesta contribuição para os eleitores que votarão na eleição presidencial de outubro vindouro, apresento abaixo as principais realizações recentes de Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saia):
● PIB anêmico, até na previsão do próprio governo -- A previsão dos economistas do mercado financeiro para o crescimento da economia caiu pela quarta vez seguida. Segundo o boletim Focus, feito pelo Banco Central, a expectativa é de alta de 1,16% – na pesquisa anterior, os economistas esperavam alta de 1,24% no PIB deste ano. Para 2015, a previsão recuou de 1,73% para 1,6%.
● Contas públicas estão sob sinal amarelo, dizem economistas -- É consenso entre os economistas em que as demonstrações contábeis, por diferentes razões, inspiram cuidados. "Há um sinal amarelo nas contas públicas", diz o consultor Raul Velloso, especialista em finanças públicas. "Não podemos continuar fugindo do cerne dessa discussão", diz Velloso. "O problema é o modelo: o crescimento está baixo, as receitas caem, mas o governo insiste em não cortar gastos".
● Setor público tem menor superávit para o 1º semestre da história -- As contas de todo o setor público, que incluem o governo federal, os estados, municípios e empresas estatais, registraram em junho e também no primeiro semestre deste ano o pior resultado da história. As informações foram divulgadas pelo Banco Central nesta quinta-feira (31). Somente em junho, houve um déficit primário (receitas menos despesas, sem contar os juros da dívida pública) de R$ 2,1 bilhões. Foi o pior mês de junho desde dezembro de 2001, quando tem início a série histórica mensal do Banco Central para o indicador. Também foi a primeira vez que acontece um déficit primário em meses de junho.
● Produção industrial recua pelo quarto mês consecutivo e cai 1,4% em junho -- Os dados são do IBGE. Na comparação com junho de 2013, indústria registrou recuo de 6,9%, no pior resultado nessa relação desde 2009, quando a produção foi duramente afetada pela crise econômica mundial. Considerando todos os meses, essa é a pior queda na comparação anual desde setembro de 2009. Bens de capital recuam 21,1%. Dos 26 setores da indústria pesquisados pelo IBGE nesse período 21 tiveram retração.
● Meta fiscal de 1,9% do PIB está mais distante, diz BC -- Após um déficit de R$ 11 bilhões em maio, o setor público consolidado registrou déficit de R$ 2,1 bilhões em junho, pior resultado para o mês na série iniciada em 2001. Em 12 meses, o esforço fiscal representou 1,36% do Produto Interno Bruto (PIB), menor desde outubro de 2009, quando estava em 0,97%. No acumulado do primeiro semestre, o superávit é de R$ 29,380 bilhões, o menor registrado na série histórica. A meta é de R$ 99 bilhões.
● Contas revelam piora em todos os dados fiscais -- Os dados sobre as contas públicas de junho, divulgados ontem, são preocupantes. Eles mostram uma piora significativa de todos os indicadores fiscais do país no primeiro semestre. Se a análise for feita sobre o resultado acumulado no período de 12 meses não se encontra razão para otimismo. O déficit nominal está em 3,63% do PIB (o maior desde novembro de 2009) e o superávit primário do setor público caiu para apenas 1,36% do PIB (o menor desde outubro de 2009).
● Recuo geral na importação de máquinas -- A balança comercial de bens de capital do primeiro semestre sinaliza que uma queda na taxa de investimentos da economia brasileira pode estar relacionada não só com a crise da indústria mas também com o esfriamento em outros setores importantes, como agricultura e infraestrutura. O detalhamento dos subsetores mostra quedas importantes na importação não só de máquinas para os processos industriais.
● BNDES financiará obras em aeroporto cubano -- O empréstimo será de US$ 150 milhões (cerca de R$ 336 milhões).
● Confiança do comércio cai 6,3% no trimestre até julho, aponta FGV -- O Índice de Confiança do Comércio (Icom) caiu 6,3%, para 113,4 pontos, na média do trimestre encerrado em julho ante o mesmo período do ano anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira. Nos três meses até junho a queda havia sido de 6,4%.
● TCU aponta falhas generalizadas em ações do governo -- O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,tcu-aponta-falhas-generalizadas-em-acoes-do-governo-imp-,1537095O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou falhas generalizadas na gestão de algumas das principais vitrines eleitorais do governo Dilma Rousseff. Em relatório concluído nesta semana, em que consolida o resultado de 23 auditorias pelo País, o tribunal concluiu que há falhas que devem ser consideradas sob um prisma sistêmico, afetando diversos segmentos e com reflexos negativos sobre o desempenho e a qualidade da infraestrutura.
● Crise de energia custará R$ 66 bi este ano, diz JP Morgan -- O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,crise-de-energia-custara-r-66-bi-este-ano-diz-jp-morgan-imp-,1537096A crise do setor elétrico deverá representar um custo de R$ 66 bilhões para o Brasil, sendo que a grande maioria desse montante será paga pelo consumidor na conta de luz. O cálculo consta de relatório feito pelos analistas do banco JP Morgan, Marcos Severine e Henrique Peretti. No documento, eles preveem que a tarifa de energia poderia subir até 29% no ano que vem.
● Mais da metade das obras de infraestrutura para Saúde está no papel -- O governo federal vai destinar 1,9 bilhão de reais ao programa Mais Médicos em 2014, mas a infraestrutura do setor de Saúde segue negligenciada. Foram concluídos apenas 11% das obras para o setor previstas pela segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que se refere aos anos de 2011 a 2014. De acordo com levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) feito com base em dados oficiais, das 24.006 iniciativas prometidas pelo programa, 2.547 foram entregues até dezembro de 2013. E, entre as restantes, pouco mais da metade sequer saiu do papel. Os dados estão detalhados em reportagem da ONG Contas Abertas divulgada em março deste ano.
● Relatório do TCU revela situação alarmante da saúde pública no Brasil -- A saúde no Brasil não tem médico suficiente, não tem vaga, não tem atendimento, não tem remédio. Isso você já sabe. Mas esta não é só mais uma reportagem denúncia sobre os hospitais do Brasil. Este é um relatório alarmante feito pelo Tribunal de Contas da União.
● Orçamento prevê R$ 1,2 bi para controle da aids; só 30% foram gastos -- O orçamento de 2014 prevê um incentivo de R$ 1,2 bilhão em ações de prevenção e controle das doenças sexualmente transmissíveis (DST), em especial a aids, e tratamento dos portadores de HIV. Até o dia 15 de julho, apenas R$ 358,2 milhões haviam sido desembolsados, valor que corresponde a 30% do previsto no orçamento. No mesmo período foram empenhados (separados em orçamento para pagamento posterior) R$ 421,4 milhões.
● Seis em cada dez obras em portos não recebem investimentos federais -- Das 127 obras previstas no orçamento de investimentos das Companhias Docas, 77 não receberam qualquer centavo até o segundo bimestre. Está previsto em orçamento que o governo federal, acionista majoritário das sete Companhias Docas, invista por meio da Secretaria de Portos R$ 1,3 bilhão nas sociedades de economia mista em 2014. Até o segundo bimestre, entretanto, apenas R$ 83,9 milhões foram aplicados, cerca de 6,4% do total.
● Eletrobras reduz investimentos e aplica menos do que em 2013 -- O Grupo Eletrobras enfrenta período de austeridade desde 2012, quando teve de renovar concessões elétricas e sofreu queda de receita. As dificuldades financeiras estão refletidas nos gastos da estatal: no primeiro quadrimestre deste ano foram reduzidos R$ 459,2 milhões do valor investido, já corrigido pela inflação, quando comparado ao mesmo período de 2013.
● TCU confirma "pedalada" nas despesas de dezembro de 2013 para 2014 -- O relatório anual das contas do governo federal, produzido pelo Tribunal de Contas da União (TCU), deu ênfase ao expressivo montante de ordens bancárias emitidas em dezembro de 2013 para saque em janeiro de 2014. A postergação dos pagamentos com o intuito de inflar o resultado fiscal foi ressaltada pelo Contas Abertas já no final do ano passado. Mesmo com esclarecimentos do Tesouro Nacional, a Corte destacou que os pagamentos realizados na transição dos exercícios podem ter afetado os indicadores fiscais de 2013. De acordo com o relatório do TCU, assim como aconteceu em 2011 e 2012, a prática de postergar um montante materialmente relevante de saída de caixa de dezembro para janeiro pode ocasionar superavaliação do resultado primário do governo federal.
● Programa de mobilidade do governo também está parado -- Apenas 7,2% do orçamento do programa orçamentário “Mobilidade Urbana e Transito” foram aplicados até o momento. O valor representa R$ 225 milhões. A verba para o programa neste ano é de R$ 3,1 bilhões. Na principal ação da rubrica “Apoio a Sistemas de Transporte Publico Coletivo Urbano”, por exemplo, foram desembolsados apenas R$ 84,7 milhões dos R$ 2,7 bilhões orçados para 2014.
● Dilma NPS inaugura megatemplo da Igreja Universal -- Da base governamental também estavam presentes o vice-presidente Michel Temer, os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) e Aloizio Mercadante (Casa Civil), os ministros do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello, o prefeito Fernando Haddad e o ex-prefeito Gilberto Kassab. O tucanato foi representado pelo governador de S. Paulo, Geraldo Alckmin. O templo abriu em meio a uma polêmica: o Ministério Público denunciou que o tipo de alvará de funcionamento obtido pela igreja era temporário, para reforma e não para novas construções -a igreja diz que não foi notificada da denúncia.
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