terça-feira, 16 de novembro de 2010

O SUS e a CPMF

Publicado no Globo de hoje (16/11/10) na Seção "Cartas dos Leitores":

Não há qualquer controle

A confirmação de que o Ministério da Saúde não consegue controlar o dinheiro repassado aos municípios, principais operadores do SUS, deixa muito mal o ministro Temporão, que declarou ser preciso enfrentar sem subterfúgios o "subfinanciamento do SUS". Só com as cifras de 2008 e o montante repassado até agora em 2010 (faltam os dados de 2009) temos R$ 43,5 bilhões destinados só a essa rubrica na Saúde, cuja utilização é um mistério. Ficam comprovadas igualmente a falácia e a irresponsabilidade dos governadores que defendem a recriação da CPMF  porque também eles não sabem nem controlam o que seus municípios fazem com as verbas do SUS. É com esse pano de fundo que se desenha a retomada do assalto ao bolso do contribuinte via restabelecimento da CPMF.


VASCO SOARES DA COSTA
Niterói, RJ

Um comentário:

  1. Acho que se fôr feita uma investigação séria sobre as atribuições do SUS, muita coisa vai ser descoberta.
    Sabe-se que remédios de uso contínuo têm que ser providos por tal sistema.
    Entretanto, existem remédios e 'remédios'.
    Os mais caros, chegando a cerca de R$ 7000,00 (sete mil reais por dose) são, aparentemente, objeto de médicos, advogados e laboratórios interessados em vendê-los para o ÚNICO COMPRADOR: O ESTADO.
    É uma fraude muito difícil de comprovar, mas uma investigação séria, isenta, triando os caminhos desde a prescrição ao fornecimento podem revelar uma série de falcatruas que só fragilizam o tão pouco firme SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE, uma idéia brilhante, mas de realização tão pouco eficiente.

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