É muito raro, como aparentemente agora, ter-se uma semana sem problemas nas barcas ou nos catamarãs no trajeto Niterói - Rio, e vice-versa. Ocorre de tudo: embarcações à deriva, colisões de embarcações com o cais de atracação, problemas de horário gerando filas imensas e princípio de quebra-quebra, e por aí vai. Quando se tem, como aparentemente agora, vários dias sem problemas visíveis é bom ficar de sobreaviso, porque depois da bonança costuma vir a tempestade ...
O mais incrível é que esses problemas se repetem, sem que se faça absolutamente nada para eliminá-los de vez. Não há dúvida de que na origem disso está o fato insólito e inexplicável de que o transporte marítimo de passageiros entre as duas principais cidades do Estado do Rio é há anos um monopólio que, pelo visto, terá ainda vida muito longa. A concessionária premiada nessa estranha história é a Barcas S/A, que tem como sua acionista majoritária ou totalitária a Viação 1001, que assim fatura por todos os lados pois são dela os ônibus que fazem a integração com os catamarãs.
Quando os problemas ocorrem o que se vê é literalmente uma palhaçada, com concessionária, Estado [via agência (des)reguladora] e Assembéia Legislativa de um lado fingindo que querem resolver o imbróglio, e do outro os usuários desesperados, berrando no vazio. Como e por que ninguém questiona legalmente esse monopólio e obriga o Estado a abrir concorrência para a escolha de um segundo concessionário?! Este é mais um dos tristes exemplos de nossa sociedade desorganizada.
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