segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Dilma e a CPMF (III)

O Globo de hoje revela que o Ministério da Saúde admite que não consegue controlar o dinheiro repassado aos municípios, principais operadores do Sistema Único de Saúde (SUS). Estamos falando da bagatela de R$ 43,5 bilhões, incluindo apenas as verbas de 2008 e o repassado até agora em 2010 (inexplicavelmente o jornal não cita os dados de 2009)! Se incluirmos os restantes 6 anos do governo Lula, que valor encontraremos?...

Há poucos dias, em apoio à CPMF sem citá-la, o ministro Temporão (da Saúde) deitou falação dizendo que era preciso encarar de frente, sem subterfúgios, o "subfinanciamento do SUS". E agora ministro, o que o Sr. tem a dizer, quando seu ministério não consegue administrar e controlar R$ 43,5 bilhões só no SUS, e isto em apenas 2 anos dos 8 do governo de Lula? Que confiança pode-se ter no controle do bilionário resto das verbas de seu Ministério?

Esses dados e essas informações vêm comprovar a desonestidade e a irresponsabilidade dos governadores da base governamental e do de Minas, do PSDB, que, liderados pelo governador de Pernambuco (Eduardo Campos, do PSB), iniciaram um rolo compressor para a recriação da CPMF para acabar com o "subfinanciamento" da Saúde (vê-se a popularidade do termo "subfinanciamento"...). É evidente que, assim como o Ministério da Saúde (MS), eles não sabem, nem controlam o que seus municípios fazem com o dinheiro do SUS. É fácil concluir que a mesmíssima coisa deve ocorrer com outras verbas do MS repassadas a estados e municípios.

É com esse caldo de cultura que se prepara novo assalto ao nosso bolso via nova CPMF. Está criada uma saia muito justa (ou calça bem apertada, já que ela não é de usar saia) para Dilma Rousseff, que admitiu de público reexaminar o assunto da recriação da CPMF por pressão daqueles governadores.

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