segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O eterno fisiologismo em nossa política

Quem alimentava a ilusão de que o fisiologismo político diminuiria ou desapareceria após as eleições de outubro não tem até agora qualquer motivo para comemorar. Entre sorrisos de bonecos de ventríloquos e tapinhas nas costas com facas escondidas nas mangas de camisas ou paletós, todos os líderes dos partidos da base governamental juram que no momento não se discutem ou pleiteiam cargos e ministérios, mas o PSB e o PMDB já deixaram claro que não é bem assim. Michel Temer não é o único nessa farsa, mas tem uma enorme experiência nesse teatro de marionetes.

Do lado dos governadores governistas Eduardo Campos (PSB-PE), por conta da esmagadora votação garantida a Dilma, transformou-se em porta-voz e porta-bandeira descarado da recriação da CPMF porque, diz ele, a saúde está "subfinanciada" no país (tremendo cara de pau!!). É nesse ambiente insalubre que Dilma terá que se movimentar e negociar, já questionada por ter admitido que examinará a questão da recriação da CPMF por força da "manifestação de governadores". Nada de novo sob o sol, como se vê.

Um comentário:

  1. Vasco,

    a pergunta é: alguém alimentava essa ilusão?

    Sobre o Michel Temer, e sua vasta experiência no assunto, recomendo a leitura de artigo da revista Piauí (edição de julho talvez). Aborda muito bem a questão e o modus operandi de nosso dileto vice.

    abs!
    Gusta

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