Em São Paulo o Palmeiras admite claramente escalar um time misto ou reserva contra o Fluminense, para não "ajudar" seu arquirrival Corinthians na luta pelo título do Brasileirão. No Rio o jogador Felipe, do Vasco, disse que não estava a fim de correr em campo contra o Corinthians, para não ajudar o "adversário" (Fluminense), favorito ao título do Brasileirão.
Quem é amante do esporte pelo esporte é obrigado a ouvir essas sandices, a assistir a essa palhaçada e a ficar absolutamente à mercê dessa marginália, porque ninguém se mexe em esfera alguma para coibir essa absurda falta de ética e esse desrespeito às regras mínimas de decência no futebol (no caso). Do lado institucional a CBF, tendo à frente uma figura completamente amorfa em termos de ética e moral esportivas chamada Ricardo Terra Teixeira, se omite inteiramente e não está nem aí para toda e qualquer tentativa de enxovalhar nosso futebol. Os clubes, por sua vez, quando não tomam eles mesmo uma iniciativa indecente como essa (caso do Palmeiras), também não tomam qualquer medida disciplinar contra jogador(es) que expressa(m) esse tipo de opinião (caso do Vasco). As torcidas organizadas querem é badernar, o futebol para elas é um simples vetor para extravasarem os instintos que povoam suas cabecinhas ocas de matéria cinzenta. Parece-me inadiável algum tipo de mobilização da sociedade para uma moralização de nossos esportes, a começar pelo futebol pelo fato de sediarmos a Copa de 2014 e estendendo-se aos demais esportes por conta das Olimpíadas de 2016 também no Brasil.
O recente e lamentável episódio da derrota conscientemente armada do Brasil contra a Bulgária no campeonato da Liga Mundial de Vôlei na Itália, uma mancha indelével no brilhante currículo da nossa seleção, vem infelizmente mostrar que o desfibramento moral e ético já atingiu outras modalidades esportivas além do futebol.
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