segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A guerra cambial (II)

Em email muito atencioso, em resposta a email que lhe enviei sobre seu artigo, o economista Gino Olivares acabou por, indiretamente, lembrar-me de um aspecto importante de seu texto que deixei de comentar na postagem anterior, que é o da conveniência estratégica de o Brasil, a exemplo do Peru e do Chile (que enfrentam situações semelhantes à nossa), passar a combater prioritariamente os fatores internos da sobrevalorização da nossa moeda, já que os fatores externos são de muito mais difícil domínio.

Acrescento que -- enfatizando que se trata de opinião exclusivamente minha, que em hipótese alguma pode ser atribuída ao economista Gino Olivares -- passar a combater intramuros é o busílis da história. Reconhecer falhas e dificuldades internas nunca foi o forte de Lula e de seus ministros, os principais culpados pelos nossos problemas econômico-financeiros são os alienígenas  "homens de olhos azuis", como disse Lula quando a crise foi desencadeada nos EUA há 2 anos. Além disso, o combate exclusivamente interno não tem o mesmo "charme" dos palcos internacionais do G20, do G7 ampliado, do BRIC, etc. Para completar,  a cortina de fumaça e a mis en scène que cercam essa atuação externa impedem o povão de ver e entender que a gastança interna desenfreada, como a de uns tempos para cá, é um dos motores que empurram o país em marcha à ré, também na guerra cambial.

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