No dia 27 deste mês foi oficialmente lançada em Oslo uma parceria mundial de proteção das florestas tropicais, que congrega nove países doadores (Noruega, EUA, França, Alemanha, Reino Unido, Austrália, Japão, Suécia e Dinamarca), a União Européia e mais uns quarenta países. A partir de agora, e até a concluão de um acordo global sobre clima no âmbito da ONU, sua missão será caminhar no sentido de implementar um novo mecanismo financeiro destinado a remunerar os Estados que preservem suas florestas.
Esse mecanismo, denominado Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD em inglês - Reducing Emissions from Deforestation and Degradation), tem estado em discussão há anos, e foi aprovado em seu princípio básico na conferência da ONU sobre clima em Copenhague em 2009. Nessa ocasião, em Copenhague, foram prometidos cerca de 3,5 bilhões de dólares (cerca de 2,8 bilhões de euros), valor que foi levado a 4 bilhões em Oslo. Deste montante a França contribuirá com 375 milhões de dólares. As negociações sobre o tratamento internacional de REDD devem ser concluídas até a COP-16 (16ª Conferência das Partes) a realizar-se no México, em novembro e dezembro de 2010.
Japão e Papua Nova Guiné, em nome da coalizão dos países com florestas tropicais (Rainforest Coalition), assumirão a condução dessa parceria nos seis primeiros meses iniciais de sua existência, sendo em seguida substituídos por Brasil e França. A posição do Brasil sobre o tema pode ser acessada no site do Itamaraty.
O que me surpreende é a pouquíssima ou nula atenção da nossa mídia (escrita e falada) para uma iniciativa dessa importância.
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