quarta-feira, 26 de maio de 2010

Divergências na Comunidade Européia

A crise grega fez aflorar e tornar mais explícitas as divergências entre os membros da União Européia (UE), o que se pode observar pela leitura de jornais europeus. É o caso, por exemplo, da edição de hoje do Le Monde, que mostra isso em duas frentes, a econômica e a ambiental. Não por coincidência, ambos os casos envolvem em campos opostos a Alemanha e a França, as duas maiores economias da UE (nessa ordem, ver ranking mais abaixo).

Na área econômica a França, ao contrário da Alemanha e da Comissão Européia, não vê com bons olhos a idéia de taxar os bancos para financiar fundos nacionais de solução de crises financeiras. A Alemanha, cuja economia está fragilizada pela crise, já deu início a um fundo dessa natureza. A França não discorda da taxação, mas sim da sua utilização; ela prefere que os recursos dela oriundos sejam canalizados para os orçamentos dos Estados e não para os tais fundos, argumentando que na realidade os orçamentos é que serão demandados no caso de uma falência de grande porte. O Reino Unido apoia a tese francesa.

Na área ambiental (mudanças climáticas), novamente franceses e alemães estão em campos opostos. Para evitar o deslocamento das indústrias mais poluentes a Alemanha, a maior economia da UE, exige que de agora em diante se faça uma pausa quanto à redução dos gases do efeito estufa, enquanto a França amplia seus esforços para incluir os importadores no mecanismo de troca de quotas de emissão de CO₂.

Ranking dos PIBs nominais da Europa (2009)
  1. Alemanha -- 3.353 bilhões de dólares
  2. França -- 2.676
  3. Reino Unido -- 2.184
  4. Itália -- 2.118
  5. Espanha -- 1.464
  6. Rússia -- 1.229
  7. Holanda -- 894
  8. Turquia --615
  9. Suiça -- 495
  10. Bélgica -- 470

No mesmo período o PIB do Brasil foi de 1.574 bilhões de dólares, o que o colocaria no 5° lugar na União Européia.

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