A acusação formal da Coréia do Sul contra a Coréia do Norte nesta semana, responsabilizando-a pelo torpedeamento e afundamento de um navio de guerra sul-coreano, e a consequente morte de 46 marinheiros, criou uma das piores crises na região nos últimos anos. Pyongyang nega qualquer envolvimento nesse incidente e avisou que, se atacada ou retaliada por Seul, partirá para a guerra total contra esta.
O pior é que os padrinhos dos envolvidos, China e EUA, se viram jogados nessa fogueira -- os chineses, além de fronteiriços, têm históricas relações políticas e estratégicas com os norte-coreanos, e os americanos têm quase 30 mil soldados na Coréia do Sul e uma estreita relação político-militar com este país.
O grande desafio para norte-americanos e sul-coreanos é encontrar um jeito de punir a Coréia do Norte sem gerar um conflito armado de proporções imprevisíveis, e sem também melindrar a China. A esta última também não interessa uma guerra por várias razões óbvias, mas também por recear uma invasão de refugiados norte-coreanos se isso ocorrer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário