● Eliseu Padilha (PMDB-RS), ministro da Aviação Civil -- responde a processo por improbidade administrativa, estando envolvido no Escândalo dos Precatórios;
● Eduardo Braga (PMDB-AM), ministro de Minas e Energia -- também é investigado em um inquérito no STF, por suspeita de crime eleitoral;
● Helder Barbalho (PMDB-PA), ministro da Pesca e Aquicultura -- responde por improbidade administrativa perante a 5a Vara Federal do Pará;
● George Hilton (PRB-MG), ministro do Esporte (ver postagem anterior sobre ele) -- este cara é um fenômeno da picaretagem. A Caixa Econômica Federal (CEF) abriu contra ele um processo em 18/12/2014, quatro dias apenas antes dele ser confirmado como ministro por Dilma NPS (ninguém examinou a folha corrida desse cidadão, pô?!), por conta de uma dívida não quitada de cerca de R$ 30 mil. Obviamente, a CEF teve que desistir da ação depois que o cara virou ministro, o que foi feito em 09/01/2015. Resultado dessa tramóia: a CEF precisará arcar com despesas do processo que movia contra George Hilton -- correntistas da Caixa e contribuintes pagarão por mais uma irresponsabilidade da ex-guerrilheira, para alegria dos 54 milhões de masoquistas que a reelegeram.
Enquanto não sai a lista dos políticos envolvidos no petrolão, já temos 12,82% do atual ministério com rabo preso, teto de vidro e culpa no cartório.
Reproduzo abaixo a reportagem de Aguirre Talento e João Carlos Magalhães, publicada na Folha de S. Paulo em 31/01/2015. O que estiver entre colchetes e em itálico é de minha responsabilidade.]
Kátia Abreu e seu modelito de cor próxima à das matas que destruiu ilegalmente, no dia de sua posse no ministério da Agricultura - (Esta foto, do Google, não é da reportagem)
Kátia foi avalista do negócio, feito por seu filho, o deputado federal Irajá Abreu (PSD-TO). A fazenda pertence também à ministra, sócia igualmente de empresas que administram a terra.
O dinheiro público foi obtido por meio do Bradesco, que capta os recursos junto ao BNDES. Seu valor inicial era de R$ 902 mil, já liberados. Com juros, a dívida chegou a R$ 1 milhão em junho de 2014, quando a cobrança foi ajuizada pelo Bradesco.
O banco cobra as parcelas vencidas até aquela data –nenhuma delas havia sido paga, num total de R$ 56 mil– e o restante da dívida. "É oportuno ressaltar que várias tentativas destinadas à cobrança foram realizadas, contudo, elas se mostraram infrutíferas por absoluto desinteresse do executado", diz a petição.
O processo teve sua tramitação interrompida em agosto de 2014 para uma nova tentativa de negociação.
Segundo valores declarados à Justiça Eleitoral no ano passado, Kátia tem um patrimônio total de R$ 4,1 milhões. Já Irajá possui bens que somam R$ 5,7 milhões.
A ministra afirmou, por meio de sua assessoria, que a dívida está sendo negociada, mas alegou sigilo bancário.
Na mesma fazenda, a Aliança 1, Kátia foi multada pelo Ibama por desrespeitar embargo imposto pelo próprio órgão ambiental. A autuação, de R$ 10 mil, foi aplicada no dia 10 de julho. Segundo a fiscalização, foi plantado eucalipto, uma espécie exótica ao cerrado local, sobre uma área de 65 hectares (um terço do parque do Ibirapuera, em São Paulo), que havia sido desmatada em 2010 de forma que o Ibama considerou ilegal. [A fazendeira que fez desmatamento ilegal e foi autuada pelo Ibama foi nomeada por Dilma NPS para ser ministra da Agricultura ... É muita esculhambação e irresponsabilidade para um governo só! Esse é o jeito petista de governar o país.]
Quando isso acontece, a área é considerada embargada. O desmate foi objeto de uma multa de R$ 65 mil, suspensa por decisão judicial. Outro desmatamento considerado ilegal foi objeto no mesmo dia de uma multa R$ 55 mil, que está sob reavaliação segundo o Ibama.
Kátia e Irajá, que administra a terra, apresentaram uma certidão negativa de débitos com o Ibama –como as multas de 2010 estão suspensas e sob reavaliação, e a de 2014 ainda está sendo discutida no âmbito administrativo do órgão, elas não aparecem.
Outro lado
A ministra Kátia Abreu afirmou, por meio da assessoria, que a dívida está em "fase adiantada de renegociação", mas alegou sigilo bancário. Disse ainda que suas empresas podem tomar empréstimos como quaisquer outras.
A verba não paga foi concedida para a implantação de uma plantação de 234 hectares de eucalipto. Irajá não respondeu se o projeto foi de fato implantado. O BNDES disse que o caso cabe ao Bradesco, que não comentou.
Recebido por email de Iacilton B. de Mattos em 28/02/2015:
ResponderExcluirEstar sob questionamento judicial não significa inidoneidade. Abrir processos e ser processado faz parte das relações pessoais e empresariais. Divergências de qualquer natureza podem ser levadas a uma decisão da justiça. O que não se deve fazer são ilações e concluir, sem ter conhecimento do que está sendo discutido, Essa preocupação não parece fazer pauta das "boas intenções".
Iacilton