A pérola mais recente da argumentação pilantra da ex-guerrilheira, típica de seu cinismo e de sua hipocrisia, foi dizer que a corrupção na Petrobras deveria ter sido investigada nos anos 90. "Se em 1996 e 1997 tivessem investigado e tivessem naquele momento punido, nós não teríamos o caso desse funcionário que ficou quase 20 anos praticando atos de corrupção. A impunidade leva a água para o moinho da corrupção", disse Dilma NPS após lavar o rosto com óleo de peroba. A madame continua achando que a população brasileira toda é ruim da cabeça e parva como os 54 milhões de masoquistas que a reelegeram. Com seu típico mau-caráter, Dilma NPS dá credibilidade a Pedro Barusco apenas quando ele menciona que recebeu propina na Petrobras em 1997 (governo FHC) mas se cala quando o mesmo delator diz que o propinoduto se sistematizou na Petrobras nos governos petistas, e que o PT -- através de seu tesoureiro, João Vaccari Neto -- recebeu de 150 milhões a 200 milhões de dólares em propina de 2003 a 2013, por meio de desvios e fraudes em contratos com a Petrobras. Dilma NPS quer nos fazer de idiotas, omitindo o fato de que Renato Duque e Paulo Roberto Costa foram nomeados diretores da Petrobras pelo PT e se tornaram os principais operadores do petrolão a partir de 2003 (Renato Duque) e de 2004 (Paulo Roberto Costa).
É óbvio que o que ocorreu em 97 tem que ser apurado, e quem for culpado tem que ser punido com o rigor da lei, PT saudações, mas sem essa palhaçada de dizer que foi por causa da impunidade de 97 que o petrolão aconteceu -- respeitem nossa matéria cinzenta, por favor, e não a confundam com a matéria marrom petista. Pelo argumento energúmeno da ex-guerrilheira chega-se à conclusão de que o culpado dessa esbórnia toda é Deus, que não puniu Adão e Eva como devia e não os mandou para os quintos dos infernos. Ele, no raciocínio chinfrim dilmopetista, é o grande culpado pelo PT ter comandado simultaneamente, por mais de um par de anos, dois dos maiores escândalos da República, o petrolão e o mensalão.
Nossa Dama de Ferrugem faz firulas, inventa histórias, mente descaradamente, mas até hoje não explicou como é que ela, que se considera o suprassumo da competência e que comanda o setor energético e a Petrobras desde 2003 -- e presidiu o Conselho de Administração da estatal de 2003 a 2010 -- foi incapaz de perceber, coibir e punir a roubalheira que grassava solta na empresa debaixo de seu nariz e de seu buço esse tempo todo. A tática manjada da madame é valorizar seu ego esculhambando o dos outros.
Mantendo FHC como seu Judas predileto, o NPA (Nosso Pinóquio Acrobata, Lula), o PT e Dilma NPS já inventaram diversos "inimigos" responsáveis pelo descalabro da corrupção na maior estatal brasileira. Um desses "responsáveis" foram os os tais "inimigos externos" da Petrobras, tese exposta insistentemente por nossa Dama de Ferrugem já em seu discurso de posse do segundo mandato. Parece que ela e sua curriola querem levar o assunto para o Tribunal de Haia ... Cinicamente, a ex-guerrilheira mencionou en passant os "inimigos internos" da estatal, fingindo não saber que 105% desses "inimigos" têm o número 13 do lado esquerdo do peito -- uma parcela bem menor, mas não menos importante, leva o número 15 no mesmo lugar. É a quadrilha do PMDB, mancomunada com a dos petralhas.
Em sua coluna do dia 06/01 no Globo, o jornalista José Casado reduziu a pó a tese dos "inimigos externos" de Dilma NPS e do PT. Neste momento em que essa dupla tem outro surto de desfaçatez, é bom rever as palavras daquele jornalista e por isso seu texto é apresentado a seguir.]
A senha: 'SG9W'
José Casado -- O Globo, 06/01/2015
Alguns dos maiores segredos da Petrobras vazaram numa operação de espionagem realizada por brasileiros, entre eles um diretor da estatal indicado por deputado do PMDB
Parece formigueiro quando se observa da janela, no alto da torre desenhada como plataforma de petróleo. A massa serpenteia, quase atropelando vendedores de ilusões lotéricas, espertos do carteado e ambulantes de afrodisíacos à volta dos prédios. Na paisagem se destaca um paletó preto surrado. Bíblia na mão direita e “caixa-para-doações” na esquerda, ele bacoreja: “Irmãos, o apocalipse está chegando!”
Naquela quinta-feira, 7 de abril de 2011, seu palpite ecoava numa cidade perplexa com a carnificina de 12 estudantes em insano ataque numa escola de Realengo, na Zona Norte.
No alto da torre, porém, o mundo era outro. Emoções oscilavam entre a euforia das renovadas promessas de óleo fator sob a camada do pré-sal e a depressão com o rombo de caixa bilionário provocado pelo “congelamento” do preço da gasolina. Recém-chegada à Presidência, Dilma Rousseff culpava suspeitos de sempre, os anônimos “inimigos externos”.
No alto da torre, de porta fechada e solitário na sala refrigerada, ele apertou quatro teclas no computador: 'SG9W'. Foi como abrir um cofre: abriu-se o acesso a valiosos papéis da Petrobras.
Procurou um documento específico (“E&P-PRESAL 21/2011”). Era novo e dos mais sigilosos da empresa naqueles dias. "Confidencial", advertia a etiqueta na capa. Concluído três semanas antes, consolidava o "Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do Polo Pré-Sal da Bacia de Santos". Descrevia, em detalhes, a estratégia tecnológica e financeira da estatal para exploração de "uma nova fronteira petrolífera com elevado índice de sucesso exploratório, contendo grandes acumulações de petróleo de boa qualidade para a geração de derivados".
O relatório com dois anexos foi copiado às 15:40:34. No dia seguinte, começou a ser analisado por um grupo de especialistas em Amsterdã. Na segunda-feira, 18 de abril, 11 dias depois, quando a diretoria da Petrobras se reuniu na sede da Avenida Chile, no Centro,para aprovar o secreto plano para o pré-sal, cópias já circulavam em Londres, Mônaco e na holandesa Schiedam, onde está instalada a SBM, fornecedora de quase um terço dos navios, sondas e plataformas alugados pela estatal brasileira. Nos meses seguintes, vieram outros três documentos sigilosos.
Nessa operação de espionagem vazaram alguns dos maiores segredos da Petrobras no governo Dilma Rousseff. Por trás, não havia nenhum serviço de informações estrangeiro, o "inimigo externo", embora naquele abril de 2011 a americana Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) estivesse trabalhando com idêntico objetivo.
Foi uma ação de brasileiros. A senha usada pra copiar era exclusiva -- de uso pessoal -- de Jorge Luiz Zelada, que há três anos ocupava a Diretoria Internacional da Petrobras por indicação do deputado federal Fernando Diniz (PMDB-MG), com a chancela amiga do governo Lula. A remessa ao exterior foi realizada por Julio Faerman, agente da holandesa SBM no Rio e responsável pela distribuição de US$ 102,2 milhões em propinas a "funcionários do governo brasileiro", como confessou a SBM à Justiça da Holanda e à dos EUA.
Há pelo menos oito meses o governo e o comando da estatal sabem das ações de Zelada e Faerman, entre outros. Dilma Rousseff, no entanto, continua na praça pregando contra anônimos "inimigos externos" da Petrobras.
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