[Parece que, nessa obsessão doentia e injustificável da nossa ex-guerrilheira em implantar um trem-bala (TAV) no país, felizmente o governo vem enfrentando cada vez mais novos percalços que o têm impedido de tirar do papel essa maluquice. Já fiz várias postagens sobre esse brinquedinho de Dona Dilma: uma em fevereiro de 2011, outra em dezembro de 2011, outra em julho de 2012, mais uma em agosto de 2012. O jornal Estadão de hoje nos dá conta de um novo adiamento do leilão para escolha do operador do nosso TAV.]
Embora a última estimativa do governo para o leilão do operador do
trem-bala brasileiro fosse abril do próximo ano, o edital que deve ser
publicado na próxima segunda-feira, 26, jogará a disputa para julho ou
agosto de 2013. A informação foi dada nesta quarta-feira, 21, pelo
diretor da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Hélio Mauro
França.
"O prazo entre a publicação do edital e o leilão propriamente dito
passou a ser de oito meses. Essa mudança veio por sugestões durante a
fase de consulta pública da minuta do edital, para dar mais tempo para a
preparação das propostas técnicas, a formação dos consórcios e o
levantamento do capital", disse o diretor, após participar no seminário
"Trens de Passageiros - Uma Necessidade que se Impõe", na sede da
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Segundo França, outra mudança entre a minuta da licitação e a formatação
final do edital é a exigência de experiência na operação de trens de
alta velocidade. Pela proposta original, o operador do trem-bala que
ligará a cidade de Campinas a São Paulo e ao Rio de Janeiro teria de ter
pelo menos dez anos de atividade no ramo, mas a exigência caiu à
metade. "Ainda assim, os chineses estarão impedidos de operar a
tecnologia, pois possuem um histórico com acidentes na última década",
acrescentou o diretor. O não registro de acidentes no período é outra
exigência.
Além disso, a estimativa de custo total do projeto do trem-bala -
incluindo as obras de infraestrutura que serão licitadas posteriormente -
subiu dos R$ 33,2 bilhões previstos anteriormente para R$ 35 bilhões [se a cada adiamento o custo do projeto aumentar cerca de 5,5% como agora, essa brincadeira vai longe].
Segundo França, isso ocorre porque o meio de transporte, que deveria ter
entrado em operação em 2014, só começará a funcionar no fim desta
década. "O preço inicial considerava uma demanda para 42 trens, mas o sistema já
começará a operar comercialmente com uma demanda próxima dos 84 trens
de capacidade máxima. Por isso essa diferença no custo total",
justificou. [Essa duplicação na demanda de trens, ainda antes de se fazer o leilão, deixa sérias dúvidas sobre a qualidade dos estudos que vêm sendo feitos sobre o trenzinho da Dona Dilma. A não ser por complexo de inferioridade, não há nada que justifique essa estranha prioridade atribuída pela nossa ex-guerrilheira a esse projeto, tamanha a gama de problemas mais básicos e fundamentais do que viajar rapidinho de trem do Rio para São Paulo que assolam e afligem o país. Só como exemplo, a título de comparação, o custo do trem-bala ainda no papel é 11,3 vezes maior que o corte que nossa ex-guerrilheira fez no orçamento do Ministério da Educação em 2011, em um dos primeiros atos de seu mandato. E a carência de uma boa educação continua sendo um dos mais sérios problemas que o Brasil enfrenta.]
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