[O ministro Ricardo Lewandowski é uma figurinha insuportável, mas é indispensável reconhecer-lhe uma característica: ele é absoluta e inequivocamente transparente em sua fidelidade canina ao seu padrinho, o NPA (o Nosso Pinóquio Acrobata - Lula), em seu apego também canino à missão de livrar a cara de José Dirceu et caterva, componentes do núcleo político do mensalão, e seu absoluto despojamento de qualquer vaidade, expondo-se continuamente em toda a verdadeira grandeza de sua miudeza técnica e ética. A seu modo e p'ra sua claque, o cara é corajoso.
Ontem, Lewandowski deu mais um de seus ataques ridículos de diva de opereta e retirou-se do plenário depois que Joaquim Barbosa o acusou de obstruir os trabalhos. A verdade tem um efeito devastador na personalidade de Lewandowski. Em seu gesto pueril -- o que é terrível em pessoas de sua idade -- ele demonstrou, mais uma vez, que é ignorante (também) em matéria de regimento do STF, como se vê no artigo abaixo de Diego Werneck Arguelhes, professor da FGV Direito Rio, publicado hoje no Globo.]
Surpresa e intransigência
Diego Werneck Arguelhes - O Globo (13/11/2012)
Na
sessão desta segunda-feira do julgamento no Supremo Tribunal Federal
(STF), o ministro Joaquim Barbosa seguiu uma ordem diferente do
esperado. Começou a votar os réus do núcleo político, em vez do núcleo
financeiro. O ministro Ricardo Lewandowski protestou: ao divergir do
caminho que havia sido divulgado pela mídia, Barbosa estaria
“surpreendendo a todos”. Essa acusação procede? A surpresa do revisor
foi justificada?
O
ministro Barbosa não fez nada de errado. O regimento do Supremo diz que
o relator deve “ordenar e dirigir” o processo. Foi nesse sentido que se
manifestaram, aliás, vários outros ministros. Defenderam a prerrogativa
do Barbosa de organizar a votação das penas na ordem que quiser — e do
correspondente dever, dos ministros, de estar com os votos preparados,
qualquer que seja essa ordem. É o relator, e não a página de jornal, que
deve dar a pauta.
Assisti, meio que pasmo, o desenvolvimento da discussão e ainda surpreendi-me com o chilique lewandowiskiano. Hélas!
ResponderExcluirComo tenho sido espectador permanente dessas sessões, fico sempre com a impressão de que o não tão eminente relator é, antes, um acinte do relator, tamanhas e persistentes são as divergências entre os dois. E como se não bastasse, ainda temos que suportar o peralta "aprendiz de revisor".
Erro imperdoável cometido acima:
ResponderExcluir... sempre com a impressão de que o não tão eminente "REVISOR" é, antes, um acinte do relator, tamanhas e persistentes são as ...
Desculpem-me!
Amauri