segunda-feira, 16 de maio de 2016

Negros e mulheres no ministério de Dilma

Os viúvos, viúvas, órfãos e órfãs de Dilmanta estão fazendo um auê danado porque o ministério de Michel Temer não nenhum negro e nenhuma mulher. Vejamos então o ministério de Dilma.

Ministério do primeiro mandato de Dilmanta


Na foto oficial acima vemos 5 mulheres (uma negra) e um negro (não sei se o ex-ministro do Esporte George Hilton se classifica como negro ou mulato). A mulher negra é Nilma Lino Gomes, titular do Ministério das Mulheres e Igualdade Racial. As demais mulheres são Kátia Abreu (Agricultura), Tereza Campello (Desenvolvimento Social), Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e Eleonora Menicucci (Política para as Mulheres).

Na foto há ainda uma mulher que não consta da lista de ministras: é Ideli Salvatti. Ela foi ministra da Pesca e Aquicultura por seis meses (janeiro a junho de 2011), sem saber nenhuma coisa nem outra. Depois, virou ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais do Brasil de 2011 a 2014 e ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos do Brasil de 2014 a 2015 (esse "do Brasil" no nome do cargo é sensacional -- de onde mais seria?!). Ideli é um caso especial no cenário das mulheres do governo -- suas principais qualidades são ser petista e principalmente amiga da chefe e ser a ela extremamente subserviente. Se Dilmanta mandá-la xingar a própria mãe, ela o fará sem pestanejar. Por essas "qualidades", Ideli foi aquinhoada por Dilmanta com o cargo de secretária de Acesso a Direitos e Equidade da OEA - Organização dos Estados Americanos em Washington, ganhando em dólares e com imunidade diplomática. Detalhezinho adicional: seu maridinho, o segundo-tenente músico do Exército Jeferson da Silva Figueiredo (certamente foi tocar na bandinha da OEA) foi indicado pelo governo para o cargo de ajudante da Subsecretaria de Serviços Administrativos na Junta Interamericana de Defesa, também na capital americana. As nomeações geraram desconforto na própria OEA, no Itamaraty e entre militares. Salário de Jeferson: US$ 7.400,00/mês -- ele teve uma ajuda de custo de US$ 10.000,00 para mudar-se para os EUA.  A ida de Ideli e de seu soldadinho músico para orgãos internacionais de peso (e no exterior) mostra bem a visão escrota que Dilmanta tem da imagem internacional do Brasil. Tenho seríssimas dúvidas se a presença de Ideli em qualquer cargo é motivo de orgulho para o universo feminino.

Nessa lista de ministras percebe-se claramente uma pilantragem demagógica da nossa (govern)anta: para fazer média com o povão e a esquerda indigente, ela cria um Ministério de Mulheres e Igualdade Racial e um Ministério de Política para Mulheres. Para ampliar a malandragem demagógica, a múmia no segundo mandato fundiu o ministério de Direitos Humanos com o de Mulheres e Igualdade Racial, sob o comando de Nilma Lino Gomes. Que mágica besta é essa de ter um ministério de política para mulheres que não cuida nem de direitos humanos, nem de mulheres, nem de igualdade racial?! 

Essa invenção petista e dilmista de criar secretarias com "status" de ministério é outra pilantragem da múmia, para mimar e blindar apadrinhados com o nosso dinheiro.

Se levarmos em conta que em 2015 os negros representavam 53,6% da população brasileira (IBGE), no ministério de Dilmanta os negros eram apenas 5,1% . Ok, é melhor pingar do que secar, mas é bom não exagerar na euforia da inclusão negra no alto escalão federal -- esse percentual de 5,1% é uma merreca, uma esmola (que Temer sequer manteve).

As mulheres são 51,4% da nossa população. No ministério do governo Dilmanta, com Ideli elas eram 15,38% e sem Ideli 12,8% (governo Temer: 0%). Bem melhor que a dos negros, sem dúvida, mas muito longe da realidade da presença feminina no país -- no atual governo canadense, metade (15) dos ministérios é ocupada por mulheres. As mulheres são 50,4% da população canadense, praticamente a mesma proporção que no Brasil.

Ministério do segundo governo Dilmanta


A ausência de negros e mulheres no ministério de Temer é lamentável  e deveria ter sido evitada, mas está longe de ser a calamidade ou o absurdo que querem pintar. Nossos problemas são tão sérios e tão prementes, que certamente não é a ausência de negros e mulheres que se constitui no principal questionamento a ser feito quanto ao ministério de Temer. Embora a lei diga que ninguém é réu até receber uma sentença transitada em julgado, me incomoda muito mais a presença de ministros investigados pela justiça federal do que essa lacuna de mulheres e negros.

Outra coisa que é preciso destacar é que a maioria do(a)s esquerdistas, do(a)s feministas e do(a)s afrodefensore(a)s se preocupa muito mais (ou praticamente só) com a aparência do que com o conteúdo. Desde que exista a figura física de um(a) representante seu(sua), beleza, o conteúdo é secundário. A esmagadora maioria (para não dizer a totalidade) das mulheres de Dilma é composta de pessoas fraquíssimas de conteúdo e de desempenho e absolutamente subservientes, incapazes de ter luz própria a não ser baixando servilmente a cabeça à chefe. Além de incompetentes, poucas são ilibadas -- tome-se como exemplo Erenice Guerra (cupincha do peito de Dilmanta) e Gleisi Hoffmann, ambas atoladas com denúncias na Lava-Jato. Ideli Salvatti em 2011 foi grampeada fazendo maracutaias de negociação de cargos no Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura).

Aliás, é muito esdrúxula a posição desse(a)s feministas de ministério. Fazem uma questão danada da presença de mulheres em altos cargos, mas ninguém deles e delas disse um "a" contra a agressão explícita e gravada de Lula BL (Boca de Latrina) contra as mulheres, e mais especificamente contra as mulheres petistas. Lula BL disse que Clara Ant, diretora do Instituto Lula, julgou-se premiada por Deus quando vários homens invadiram seu apartamento, e disse também que era preciso "apelar para o grelo duro das mulheres petistas". A esquerda toda, como sempre, achou isso lindo e inatacável por ser de Lula BL. Bem menos hipocrisia ficaria bem melhor nesse teatro.

Um comentário:

  1. Faltou dizer que George Hilton entendia tanto de esporte quanto Dilmanta de Física Quântica.

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