segunda-feira, 6 de julho de 2015

Foto e vídeo mostram Dilma NPS em descontraído convívio com empresário que virou delator do petrolão

Pessoas que sempre se sentiram blindadas contra tudo e contra todos, que usavam e ainda usam aqueles famosos três macaquinhos ("não vejo", "não ouço", "não falo") como talismãs, que sempre se esconderam e ainda se escondem por trás da falsa fachada de absoluta integridade do que fazem, do que mandam fazer e do que deixam fazer, perdem as estribeiras e o autocontrole quando esse seu mundozinho começa a esfarelar como castelo de areia. Isso inevitavelmente acabou ocorrendo com Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saia), como já aconteceu e continua acontecendo com seu criador e padrinho, o NPA (Nosso Pinóquio Acrobata, Lula). 

Nossa Dama de Ferrugem, que teria resistido bravamente a torturas  na época da ditadura, já dá mostras evidentes de que  já não consegue mais resistir à pressão devastadora e inquestionável da Operação Java-Jato contra os alicerces de seu governo e de sua própria reputação. Em sua recente passagem pelos EUA, nossa governanta vituperou a atuação do empresário Ricardo Pessoa em sua delação premiada, dizendo que "não respeita delator" -- e arrematou dizendo que "delação é coisa meio de Idade Média". O desconforto da madame decorre do fato de que as revelações desse empresário, dono da UTC e presidente do "clube de empreiteiras" que supriu e operou o propinoduto do petrolão (em parceria com executivos da Petrobras nomeados e sustentados em sua esmagadora maioria pelo PT), fizeram com que a lama do escândalo já estragasse alguns de seus melhores pares de sapatos -- e o lodaçal continua subindo. 

Mostrando ignorância inadmissível para uma presidente de República que se preze mas perfeitamente coerente com seu baixo nível cultural, a ex-guerrilheira evidencia desconhecer que "a delação premiada é uma técnica de investigação consistente na oferta de benefícios pelo Estado àquele que confessar e prestar informações úteis ao esclarecimento do fato delituoso. É mais precisamente chamada “colaboração premiada” – visto que nem sempre dependerá ela de uma delação. Essa técnica de investigação ganhou notoriedade ao ser usada pelo magistrado italiano Giovanni Falcone para desmantelar a Cosa Nostra. A primeira lei a prever essa colaboração premiada no Brasil foi a Lei de Crimes Hediondos.

Porém, esse instituto somente foi reforçado e ganhou aplicabilidade prática com a Lei 9.613/1998, de combate à lavagem de dinheiro. Essa lei passou a prever prêmios mais estimulantes ao colaborador como a possibilidade de condenação a regime menos gravoso (aberto ou semiaberto), substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos e até mesmo perdão judicial (art. § 5º, Lei 9.613/1998). No mesmo sentido caminhou a Lei 9.807/1999, que trata da proteção de testemunhas (arts. 13 e 14, Lei 9.807/1999)".

Aliás, a bem da verdade, a reação da madame é um misto de desespero, ignorância lato sensu e malandragem de segunda classe. É um esforço inútil de querer desqualificar algo que lhe tem provocado insônias terríveis.

Até muito recentemente, no decorrer de 2012, Dilma NPS não demonstrava nenhuma antipatia ou desconforto em relação a Ricardo Pessoa, muito pelo contrário -- como se pode ver pela foto e o vídeo abaixo. Em 13 de julho de 2012, nossa governanta participou de uma daquelas cerimônias festivas de lançamento de obras públicas: era a vez do estaleiro Enseada de Paraguaçu, em Maragojipe, na Bahia. Lá estavam Dilma NPS e três dos empreiteiros hoje presos na Operação Lava-Jato: Marcelo Odebrecht, da Odebrecht, Léo Pinheiro, da OAS, e ele, Ricardo Pessoa, da UTC, como mostrado na foto. A cerimônia teve direito à quebra de um barril de saquê e a um brinde com a bebida japonesa. No vídeo, sobre o batismo da plataforma P-59,  cabe destacar os seguintes momentos: aos 38min48seg ela cumprimenta o ex-presidente da Petrobras Sergio Gabrielli; aos 39min06seg ela faz rápida menção ao ex-diretor de Engenharia da Petrobras Renato Duque; aos 39min48seg Dilma NPS faz enfática e destacada saudação aos empreiteiros presentes Marcelo Odebrecht, da Odebrecht, Ricardo Ribeiro (Pessoa), da UTC e Ricardo Galvão, da Queiroz Galvão, na cerimônia de batismo da plataforma P-59 no estaleiro Enseada do Paraguaçu.

É bom lembrar que em 2012, ano em que ocorreu a festança citada acima, o petrolão corria solto e fagueiro (a Operação Lava-Jato foi deflagrada em março de 2014) e a negociata da compra da refinaria de Pasadena (EUA) já havia ocorrido (em 2006) com o aval de Sergio Gabrielli e da nossa governanta (então presidente do Conselho de Administração da Petrobras e ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República). Na data da cerimônia citada acima, Renato Duque já não era mais diretor de Engenharia da estatal (indicado por José Dirceu, ficou no cargo de 2003 a 27/4/2012). 


Foto: Veja


Não aparece na foto, mas está no vídeo o presidente da Sete Brasil à época -- essa empresa, que tinha ou tem contratos para fornecimento de sondas à Petrobras, está abalada e quase fechou por denúncia de envolvimento em propinas do petrolão.  O estaleiro Enseada do Paraguaçu também foi atingido seriamente por esse escândalo. Em 28/02/2015, o Consórcio Estaleiro Paraguaçu (CEP) decidiu encerrar as atividades nas obras do estaleiro de Maragojipe, conforme informou a Enseada Indústria Naval S.A.. O motivo seria a crise nacional na indústria naval, resultante da falta de pagamentos das obras contratadas. Na época, a Enseada possuía 82% de avanço físico do trabalho concluído. 

Fica cada vez mais fácil entender a mágoa da governanta Dilma NPS com o empresário Ricardo Ribeiro Pessoa, dono da UTC e chefe do "clube das empreiteiras" do petrolão. 

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