Como neste segundo governo da madame governanta só se tem notícia ruim ou péssima, surge agora a notícia de que, mais uma vez, assim como em 2011, em 2013 o Brasil ficou em último lugar num ranking de 30 países que mede o retorno dos impostos pagos pelos cidadãos, conforme reportagem do site Exame.com reproduzida abaixo. O que estiver entre colchetes e em itálico é de minha responsabilidade.]
País está entre os que mais cobram impostos no mundo
O Brasil ficou em último lugar num ranking que mede o retorno dos impostos pagos pelos cidadãos. A lista considerou os 30 países com a maior carga tributária do mundo, e comparou os impostos arrecadados com o retorno obtido com serviços como saúde e educação.
O resultado é alarmante para os brasileiros. O país ficou em 30º lugar na lista, atrás de Argentina e Uruguai, os únicos latino-americanos que também foram considerados no ranking. Detalhe: esta é a quinta vez que o país fica na lanterna. O estudo foi elaborado pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação).
Para medir o retorno recebido pelos cidadãos, a carga tributária de cada país foi comparada ao seu IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), que mede a qualidade de vida e o bem-estar da população. A conta deu origem ao IRBES (Índice de Retorno de Bem Estar à Sociedade).
Com uma carga tributária de 35% do PIB, o Brasil tem um IDH de 0,744 (o índice vai de 0 a 1). Para comparação, a Austrália, primeira do ranking, tem uma carga tributária de 27,3% do PIB, e IDH de 0,933.
A lista é formada principalmente por países desenvolvidos, o que deixa o Brasil em desvantagem. Porém, ela ajuda a mostrar que nossos impostos poderiam ser melhor utilizados.
Veja na tabela a seguir o IRBES dos países considerados na comparação (os dados são de 2013):
Posição
|
País
|
Carga
tributária sobre o PIB
|
IRBES
|
---|---|---|---|
1º
|
Austrália
|
27,30%
|
162,91
|
2º
|
Coreia
do Sul
|
24,30%
|
162,79
|
3º
|
Estados
Unidos
|
26,40%
|
162,33
|
4º
|
Suíça
|
27,10%
|
161,78
|
5º
|
Irlanda
|
28,30%
|
158,87
|
6º
|
Japão
|
29,50%
|
156,73
|
7º
|
Canadá
|
30,60%
|
156,48
|
8º
|
Nova
Zelândia
|
32,10%
|
155,44
|
9º
|
Israel
|
30,50%
|
155,41
|
10º
|
Reino
Unido
|
32,90%
|
152,99
|
11º
|
Uruguai
|
26,30%
|
151,91
|
12º
|
Eslovaquia
|
29,60%
|
151,51
|
13º
|
Espanha
|
32,60%
|
151,38
|
14º
|
Islândia
|
35,50%
|
150,25
|
15º
|
Alemanha
|
36,70%
|
150,23
|
16º
|
Grécia
|
33,50%
|
148,98
|
17º
|
República
Theca
|
34,10%
|
148,97
|
18º
|
Noruega
|
40,80%
|
148,32
|
19º
|
Argentina
|
31,20%
|
147,8
|
20º
|
Eslovênia
|
36,80%
|
146,97
|
21º
|
Luxemburgo
|
39,30%
|
144,69
|
22º
|
Suécia
|
42,80%
|
141,15
|
23º
|
Áustria
|
42,50%
|
141,01
|
24º
|
França
|
43%
|
140,69
|
25º
|
Bélgica
|
43,20%
|
140,21
|
26º
|
Itália
|
42,60%
|
140,13
|
27º
|
Hungria
|
38,90%
|
139,8
|
28º
|
Dinamarca
|
45,20%
|
139,52
|
29º
|
Finlândia
|
44,00%
|
139,12
|
30º
|
Brasil
|
35,04%
|
137,94
|
[Da lista acima tiram-se as seguintes conclusões, entre outras:
☛ o Brasil é o 14° país de maior carga tributária, atrás de Dinamarca, Finlândia, Bélgica, França, Suécia, Itália, Áustria, Noruega, Luxemburgo, Hungria, Eslovênia, Alemanha e Islândia, e é o pior deles em termos de retorno de impostos à população -- observe, por exemplo, que a Islândia (com tributação de 35,50% do PIB e o Brasil com 35,04%) ocupa o 14° lugar do ranking;
☛ de 2011 para 2013, o Brasil reduziu em 0,98% sua carga tributária em percentual do PIB e aumentou em 3,33% seu IRBES, mas continuou na lanterna -- o Uruguai reduziu sua carga tributária em 0,88% em percentual do PIB e subiu dois degraus na lista, passando de 13° para 11° (seu IRBES aumentou 1,61 pontos); a França reduziu em 1,20% sua tributação de 2011 para 2013 e subiu cinco posições, passando de 29° para 24° lugar (seu IRBES aumentou 1,38 pontos); a Argentina reduziu sua tributação em 2,30% e subiu duas posições, passando do 21° para o 19° lugar e aumentando em 3,58 pontos seu IRBES;
☛ no mesmo período, o Reino Unido teve um progresso impressionante nessa avaliação, passando de 18° para 10° lugar.
Segundo o IBPT - Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, autor do estudo, essa é a quinta vez consecutiva que o Brasil é o país que proporciona o pior retorno à população pelos tributos arrecadados nas esferas federal, estadual e municipal.
O IBPT diz ainda que “Mesmo com os sucessivos recordes de arrecadação tributária, - marca que, em 2015, já chegou aos R$ 800 bilhões de tributos, o Brasil continua oferecendo péssimo retorno aos contribuintes, no que se refere à qualidade do ensino, atendimento de saúde pública, segurança, saneamento básico, entre outros serviços. E o pior, fica atrás de outros países da América do Sul, como Uruguai e Argentina".]
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