quarta-feira, 15 de julho de 2015

Brasil fica em último lugar em ranking de retorno de impostos, pela quinta vez consecutiva

[Não é de hoje que o brasileiro tem um retorno pífio, ridículo para a montanha de impostos que paga, mas nada pior que nos 12,5 anos de PT no governo. O blogue tem várias postagens sobre isso. Ver por exemplo: "Imposto de rico, serviço de pobre -- com a palavra o PT"(esta postagem mostra, entre outras mazelas, que em 2011 o Brasil ocupou o último lugar entre 30 países em termos de retorno à população dos impostos que lhe são, cobrados); - "O ajuste fiscal em graúdos" (o ajuste fiscal proposto pelo governo de Dilma NPS - Nosso Pinóquio de Saia deverá elevar a carga tributária brasileira em 0,8 ponto percentual do PIB neste ano de 2015, o que significa que, se tudo o que foi noticiado for posto em prática, nós brasileiros pagaremos R$ 47,5 bilhões a mais em impostos e contribuições). 

Como neste segundo governo da madame governanta só se tem notícia ruim ou péssima, surge agora a notícia de que, mais uma vez, assim como em 2011, em 2013 o Brasil ficou em último lugar num ranking de 30 países que mede o retorno dos impostos pagos pelos cidadãos, conforme reportagem do site Exame.com reproduzida abaixo. O que estiver entre colchetes e em itálico é de minha responsabilidade.]  


País está entre os que mais cobram impostos no mundo

O Brasil ficou em último lugar num ranking que mede o retorno dos impostos pagos pelos cidadãos. A lista considerou os 30 países com a maior carga tributária do mundo, e comparou os impostos arrecadados com o retorno obtido com serviços como saúde e educação.
O resultado é alarmante para os brasileiros. O país ficou em 30º lugar na lista, atrás de Argentina e Uruguai, os únicos latino-americanos que também foram considerados no ranking. Detalhe: esta é a quinta vez que o país fica na lanterna. O estudo foi elaborado pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação).
Para medir o retorno recebido pelos cidadãos, a carga tributária de cada país foi comparada ao seu IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), que mede a qualidade de vida e o bem-estar da população. A conta deu origem ao IRBES (Índice de Retorno de Bem Estar à Sociedade).
Com uma carga tributária de 35% do PIB, o Brasil tem um IDH de 0,744 (o índice vai de 0 a 1). Para comparação, a Austrália, primeira do ranking, tem uma carga tributária de 27,3% do PIB, e IDH de 0,933.
A lista é formada principalmente por países desenvolvidos, o que deixa o Brasil em desvantagem. Porém, ela ajuda a mostrar que nossos impostos poderiam ser melhor utilizados.
Veja na tabela a seguir o IRBES dos países considerados na comparação (os dados são de 2013):
Posição
País
Carga tributária sobre o PIB
IRBES
Austrália
27,30%
162,91
Coreia do Sul
24,30%
162,79
Estados Unidos
26,40%
162,33
Suíça
27,10%
161,78
Irlanda
28,30%
158,87
Japão
29,50%
156,73
Canadá
30,60%
156,48
Nova Zelândia
32,10%
155,44
Israel
30,50%
155,41
10º
Reino Unido
32,90%
152,99
11º
Uruguai
26,30%
151,91
12º
Eslovaquia
29,60%
151,51
13º
Espanha
32,60%
151,38
14º
Islândia
35,50%
150,25
15º
Alemanha
36,70%
150,23
16º
Grécia
33,50%
148,98
17º
República Theca
34,10%
148,97
18º
Noruega
40,80%
148,32
19º
Argentina
31,20%
147,8
20º
Eslovênia
36,80%
146,97
21º
Luxemburgo
39,30%
144,69
22º
Suécia
42,80%
141,15
23º
Áustria
42,50%
141,01
24º
França
43%
140,69
25º
Bélgica
43,20%
140,21
26º
Itália
42,60%
140,13
27º
Hungria
38,90%
139,8
28º
Dinamarca
45,20%
139,52
29º
Finlândia
44,00%
139,12
30º
Brasil
35,04%
137,94
[Da lista acima tiram-se as seguintes conclusões, entre outras:

☛ o Brasil é o 14° país de maior carga tributária, atrás de Dinamarca, Finlândia, Bélgica, França, Suécia, Itália, Áustria, Noruega, Luxemburgo, Hungria, Eslovênia, Alemanha e Islândia, e é o pior deles em termos de retorno de impostos à população -- observe, por exemplo, que a Islândia (com tributação de 35,50% do PIB e o Brasil com 35,04%) ocupa o 14° lugar do ranking;
☛ de 2011 para 2013, o Brasil reduziu em 0,98% sua carga tributária em percentual do PIB e aumentou em 3,33% seu IRBES, mas continuou na  lanterna -- o Uruguai reduziu sua carga tributária em 0,88% em percentual do PIB e subiu dois degraus na lista, passando de 13° para 11° (seu IRBES aumentou 1,61 pontos); a França reduziu em 1,20% sua tributação de 2011 para 2013 e subiu cinco posições, passando de 29° para 24° lugar (seu IRBES aumentou 1,38 pontos); a Argentina reduziu sua tributação em 2,30% e subiu duas posições, passando do 21° para o 19° lugar e aumentando em 3,58 pontos seu IRBES;
☛ no mesmo período, o Reino Unido teve um progresso impressionante nessa avaliação, passando de 18° para 10° lugar.

Segundo o IBPT - Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, autor do estudo, essa é a quinta vez consecutiva que o Brasil é o país que proporciona o pior retorno à população pelos tributos arrecadados nas esferas federal, estadual e municipal

O IBPT diz ainda que “Mesmo com os sucessivos recordes de arrecadação tributária, - marca que, em 2015, já chegou aos R$ 800 bilhões de tributos, o Brasil continua oferecendo péssimo retorno aos contribuintes, no que se refere à qualidade do ensino, atendimento de saúde pública, segurança, saneamento básico, entre outros serviços. E o pior, fica atrás de outros países da América do Sul, como Uruguai e Argentina".]

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