quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Dilma NPS, a rainha dos apagões: da ética, da energia elétrica e da economia

Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saia) evidenciou ser realmente um prodígio: conseguiu deixar para si mesma, no segundo mandato, um país pior do que o que recebera do NPA (Nosso Pinóquio Acrobata, Lula). Confirmou definitivamente ser incompetente, hipócrita, aética, burra, teimosa e absolutamente irresponsável. Mal iniciou seu segundo governo, jogou no lixo todas suas promessas eleitorais e fez exatamente aquilo de que acusava a oposição de planejar fazer contra os interesse dos trabalhadores e  do país. Ela sabia que as medidas propostas por Aécio eram dolorosas mas imprescindíveis, porém optou pela prática do esporte de sua preferência: mentir descaradamente para seus eleitores e para o país. Conseguiu iludir 54 milhões de masoquistas que a reelegeram e ferraram a si mesmos e todo o resto do povo brasileiro. Ver postagem anterior.

Não contente com as medidas já tomadas, corretas mas impopulares e testemunhas  do caos que ela implantou na economia brasileira e das mentiras em que se apoiou na campanha , ela resolveu castigar mais a classe operária vetando o reajuste de 6,5% na tabela do IR e mantendo a correção em apenas 4,5%. Com isso, arrastou mais trabalhadores para as garras do leão da Receita.

A madame anda cada vez mais bipolar, alternando crises de autoritarismo boçal, via rompantes desagradáveis e deprimentes, com crises de enfiar o rabo entre as pernas e se esconder de quem pode expô-la à sua ridícula verdadeira grandeza. Há 30 dias Dilma NPS não conversa com a imprensa.

Para piorar seu/nosso inferno astral, o estrago monumental que ela fez no setor elétrico nos 12 anos e 21 dias (data da redação desta postagem) em que o tem comandado começa a cair fragorosamente sobre sua/nossa cabeça. A gota d'água (literalmente, já que a estiagem tá braba) foi o apagão que desligou 11 estados e o DF no dia 19/01/2015. P'ra manter o comportamento diante de todos os eventos semelhantes sob o nariz da madame, por ação e omissão suas, o governo não consegue sintonia e mantém confuso o país sobre o que realmente aconteceu nesse dia. O ONS (Operador Nacional do Sistema) e o ministro de Minas e Energia se contradizem, um desmentindo o outro -- aquele diz que foi um desligamento intencional, com corte seletivo de cargas para evitar uma pane total, e o ministro diz que foi um defeito em linha de transmissão de Furnas que causou o apagão.  Dilma NPS convenceu-se de vez que somos todos otários porque a reelegemos, e que não precisa perder tempo em nos esclarecer devidamente.

O ministro Eduardo Braga, mal assumiu o MME, já passou a usar o modelito da madame, mentindo descaradamente para o país -- disse que nosso sistema é robusto e autosuficiente, enquanto importava 165 MW médios da Argentina e solicitava mais 300 MW ao Paraguai via Itaipu, totalizando 465 MW.

Se em torno de um apagão já não há consenso, pior então quando se pergunta se vai haver racionamento ou não. Essa palhaçada se arrasta há 12 anos e um mês. Com a psicose de eleger e manter FHC como culpado de todos os males por que passa o país, mesmo após 12 anos e um mês governando o país, os governos petistas elegeram o slogan "apagão nunca mais" como seu mantra. Isso, por exemplo, foi o que disse Dilma NPS taxativamente em 29/10/2009  quando chefe da Casa Civil da Presidência mas já mandando e desmandando no setor elétrico. Até fevereiro de 2014 o país havia passa por 12 apagões no governo da madame e 181 apagões na década petista. Quem quiser se fartar com as lambanças da ex-guerrilheira na área elétrica basta clicar no marcador "Setor Elétrico" na aba direita do blogue. Ver, por exemplo, as postagens de 05/3/2014 e de 29/4/2014.

22001, ano em que ocorreu um gigantesco apagão elétrico no país no governo FHC, virou um ano emblemático para nossa Dama de Ferrugem e para os petralhas. Eles o usam como exemplo chave de uma pretensa má administração FHC, o "coisa ruim" para os petralhas. O grande problema é que, 13 anos e um mês depois, com o país e o setor elétrico completamente diferentes e mais complexos, a situação do setor elétrico hoje é muito pior do que a existente em 2001. E não adianta botar a culpa em São Pedro, isso é mais uma pilantragem petista, os problemas cruciais que afligem a área elétrica têm as marcas indeléveis das 20 impressões digitais dos membros superiores e inferiores da madame.

Vejamos algumas comparações entre a situação atual e a de 2001 no setor elétrico.

Reservatório
2001
2015
Ilha /3 Irmãos
31,21%
0,00%
Três Marias
38,43%
10,29%
Itumbiara
21,40%
10,75%
Nova Ponte
19,39%
10,95%
Furnas
23,55%
11,25%
Marimbondo
15,55%
12,49%
Emborcação
25,84%
14,23%
Água Vermelha
25,66%
14,80%
Mascarenhas de Moraes
83,33%
14,92%
Itaparica
--
19,19%
Chavantes
40,52%
19,53%
Sobradinho
42,30%
20,43%
Jurumirim
60,49%
21,64%
Capivara
64,06%
25,35%
Serra da Mesa
36,68%
26,36%
Tucuruí
98,34%
32,74%
São Simão
56,10%
58,13%
G. B. Munhoz
100,59%
63,65%
Passo Real
--
65,10%
Salto Santiago
100,40%
67,41%
Passo Fundo
--
92,55%
Segredo
--
97,32%

A situação dos reservatórios de usinas no Brasil em 2001 e 2015 - (Baseada em tabela do Globo de 22/01/2015, edição impressa - Fonte: ONS) - De acordo com dados do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), das 18 principais usinas do país, 17 estão com o nível de seus reservatórios abaixo do de 2001. O caso mais crítico é o da usina Ilha/3 Irmãos, que está atualmente em 0,00%, contra 31,21% de 2001. Há ainda outras quatro usinas em que não há base de comparação disponível no ONS.









Energia armazenada em cada região do país (SE/CO = Sudeste/Centro Oeste - S = Sul - N = Norte - NE = Nordeste), distribuída ao longo dos anos de 2001 e 2014 - (Fonte: ONS)

Outra visão da encrenca em que estamos metidos, por culpa principalmente da Dilma NPS (São Pedro entra mais como boi de piranha nessa lambança) pode ser vista no gráfico abaixo, publicado em 22/01/2015 pelo jornal Estadão com base em dados do Ilumina - Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Energético:


A reportagem, de Renée Pereira, frisa que "a seca que atinge as Regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste reduziu tanto o nível dos reservatórios que, se não chovesse nada nas próximas semanas, a quantidade de água armazenada daria apenas para um mês de consumo de energia no Brasil". A reportagem prossegue com as afirmações a seguir.

"Não vimos essa situação nem em 2001 (ano do racionamento)", diz o presidente do Ilumina, Roberto Pereira D'Araújo.

Na terça-feira, os reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste estavam com 17,63% de armazenamento (no ano passado, nessa mesma época, o nível dos lagos da região estava em quase 40%); do Nordeste, 17,32%; do Norte, 35,26%; e do Sul, 67,84%. Como o sistema nacional tem outras fontes de energia, como eólicas e térmicas, e a expectativa é que chova, mesmo que pouco, o sistema consegue suportar o consumo durante mais tempo. "Mas esse é um dado que mostra como o Brasil, que depende quase 70% da hidreletricidade, está descuidando da fonte de energia", afirma D'Araújo.

Na avaliação dele, a situação atual é resultado de uma expansão da oferta baseada em térmicas caras, que só entram em operação em casos extremos. Apesar de a capacidade instalada do País aumentar, as hidrelétricas são sobrecarregadas, pois têm de gerar pelas térmicas que não entram em operação, afirma o executivo, especialista na área de energia elétrica.

"Em 2012, por exemplo, a energia hídrica representava algo em torno de 68% da matriz elétrica brasileira, mas produzia 90% do consumo. Hoje temos menos água nos reservatórios porque não usamos as térmicas." Pelas regras do ONS, as usinas obedecem a uma fila para entrar em operação. Primeiro entram as unidades mais baratas. Se o valor da térmica superar o valor do mercado à vista (PLD), que ficou boa parte do ano passado em R$ 822 o MWh, a diferença entre o preço da energia e o PLD é transferido para a tarifa do consumidor.

Cuidado. Como um dos lemas do governo da presidente Dilma Rousseff sempre foi a redução dos preços da energia, as térmicas ficaram em stand by enquanto a água dos reservatórios foi consumida. "Não houve cuidado para preservar o nível de armazenamento. A única preocupação foi a modicidade tarifária." Para Cristopher Vlavianos, da comercializadora Comerc, a saída para o Brasil será apostar nas térmica na base - isso significa operar ininterruptamente. "Caso contrário, vamos depender cada vez mais das chuvas". 

O que vem a seguir é de minha responsabilidade, não de Renée Pereira nem do Estadão. Embora alertada por um monte de gente que, diferentemente dela, sabe do que está falando, Dilma NPS ignorou solenemente a gravidade do problema no setor elétrico e resolveu estimular o consumo de energia elétrica com todos os instrumentos ao seu dispor. Incentivou a compra de eletrodomésticos com crédito facilitado e fez apologia da melhoria de vida dos trabalhadores, sem jamais alertá-los ou orientá-los para uma maior conscientização e racionalização no uso da energia. Iludiu o povão com uma mentirosa redução tarifária -- que na realidade se transformou num aumento assustador nas contas de luz e um gigantesco rombo financeiro para as empresas do setor elétrico -- deixando-o à vontade para consumir sem rédeas. Segundo a EPE - Empresa de Pesquisa Energética (estatal), o aumento do consumo residencial em novembro de 2014 foi de 6,2% em relação a novembro de 2013, enquanto o aumento do consumo nacional no mesmo mês e com a mesma referência foi de 2,3%. Anualizado até novembro, o aumento de consumo do país em 2014 em relação a 2013 foi de 2,6%, enquanto no mesmo período o consumo residencial cresce 5,9%.

Segundo informação divulgada pela revista Veja em 14/01/2015,  "as contas de energia elétrica devem subir, em média, 40%, em 2015, segundo estimativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apresentada na segunda-feira à presidente Dilma Rousseff e aos novos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e de Minas e Energia, Eduardo Braga".

Quem quiser se ilustrar mais e melhor sobre as mazelas e os problemas do setor elétrico por obra e desgraça de Dilma NPS deve ler o artigo "Um roteiro para não se enganar com a atual crise do setor elétrico", do Ilumina.

A situação do setor elétrico é calamitosa, e só não está muitíssimo pior porque a economia do país estagnou há anos de governo petista, especialmente no de Dilma NPS. Qual é a sensação dos 54 milhões de masoquistas que reelegeram a madame, diante disso tudo?!



Um comentário:

  1. Amigo Vasco, parabéns pelo texto impecável e que dá uma visão realista e atual da presente situação de nossa crise energética. É revoltante o que o PT fez com nosso país estes últimos 13 anos ..... Somos um povo sem futuro e governados por uma cambada de ladrões, competentes apenas na arte de achacar o erário público. Triste destino .......

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